Bolsonaristas raiz experimentam o ocaso na Assembleia de São Paulo
Deputados mais experientes zombam da abrupta perda de poder dos bolsonaristas que se elegeram ancorados na imagem do ex-presidente
atualizado
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A Assembleia de São Paulo virou um laboratório do que os bolsonaristas raiz encontrarão na próxima legislatura em Brasília. Outros deputados de direita, mas com vasta experiência na Alesp, têm feito piadas sobre como se esvaiu a perspectiva de poder daqueles que se elegeram ancorados na figura de Bolsonaro.
Além da derrota do ex-presidente, os bolsonaristas ficaram perdidos com as sinalizações do governador Tarcísio de Freitas ao centro político.
O maior exemplo foi o anúncio do secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, de que manterá as câmeras nos uniformes de policiais militares. A decisão de Tarcísio e de Derrite, ele também um desses bolsonaristas raiz, contrariou o que foi defendido pelos próprios na campanha estadual.
É consenso na Alesp que os bolsonaristas do PL não terão força para tumultuar o andamento dos trabalhos na Casa. A promessa de implodir o partido também ficou no passado. O deputado André do Prado, afilhado político de Valdemar da Costa Neto, é o favorito para assumir a presidência da Alesp.
Entre os bolsonaristas mais ideológicos da Alesp estão Tomé Abduch e Bruno Zambelli, eleitos para um primeiro mandato, e o deputado reeleito Gil Diniz, amigo de Eduardo Bolsonaro e que ficou conhecido como Carteiro Reaça.