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- Foto: HÉLVIO ROMERO/ESTADÃO CONTEÚDO
Aliados de Jair Bolsonaro avaliam que a desistência de João Doria da disputa presidencial, anunciada nesta segunda-feira (23/5), não beneficia o presidente eleitoralmente, mas é positiva para Bolsonaro porque passa a imagem de que um opositor público do bolsonarismo sofreu um revés.
A ex-ministra Damares Alves, pré-candidata ao Senado no Distrito Federal pelo Republicanos, zombou da decisão do tucano. “Pode falar que eu estou em lágrimas, muito triste. Queria que Doria fosse massacrado nas urnas com o número de votos em Bolsonaro”, afirmou.
Correligionário do presidente, o deputado Coronel Tadeu, do PL de São Paulo, fez uma avaliação semelhante. “Se Doria fosse para as urnas, iria se decepcionar. Os políticos já se encarregaram de tirá-lo da disputa. Vai ser menos um para bater no Bolsonaro na campanha”.
Para o deputado Otoni de Paula, do MDB do Rio de Janeiro, Doria criou uma imagem de quem não cumpre acordos. “Brasileiro gosta de uma fofoca de traição, mas não perdoa o traidor. Estou falando do BolsoDoria em 2018, da aliança do Doria com o Alckmin, da promessa que Doria fez de não sair da prefeitura de São Paulo para tentar o governo do estado”, declarou.
“A saída de Doria da disputa não ajuda nem atrapalha o Bolsonaro. Talvez tenha um ganho emocional de ser mais um que foi abatido depois de se levantar contra Bolsonaro”, emendou.
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João Agripino da Costa Doria Junior, nascido em 1957, é empresário, publicitário, jornalista e político brasileiro. Natural de São Paulo, foi eleito governador do estado para o mandato de 2018 a 2022
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Filho do publicitário e ex-deputado federal João Doria e da empresária paulista Maria Sylvia Vieira de Moraes Dias Doria, o atual governador de São Paulo e sua família precisaram morar por anos na França, após o pai ter sido perseguido durante a ditadura militar
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Em 1970, após voltar ao Brasil, Doria pediu estágio em uma empresa publicitária no departamento de rádio e TV. Tomou gosto pela carreira, ingressou em um curso de comunicação e, mais tarde, tornou-se diretor da Rede Bandeirantes de Televisão
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Doria também foi colunista da revista IstoÉ Dinheiro, apresentou o reality show Aprendiz e o Aprendiz Universitário. Foi também editor de livros, palestrante no Brasil e no exterior, e fundador do grupo Doria, de comunicação e marketing
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João também foi secretário de Turismo de São Paulo, presidente da Paulistur e da Embratur
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Em 2012, foi eleito umas das cem pessoas mais influentes do mundo pela revista IstoÉ e, em 2014, eleito como um dos cem lideres de melhor reputação pela revista Exame
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Em 2001, filiou-se ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) e, em 2016, lançou-se candidato à prefeitura de São Paulo. Eleito, Doria se tornou o primeiro candidato a ocupar o cargo em primeiro turno desde 1992
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Cerca de 15 meses depois de tomar posse como prefeito, renunciou ao cargo para concorrer ao governo de São Paulo
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Em 2018, venceu Márcio França na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes
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Durante a pandemia da Covid-19, Doria ganhou força ao se posicionar contra o presidente Jair Bolsonaro. Durante o ano de 2020, uniu-se ao Instituto Butantã para desenvolver uma vacina eficaz contra o coronavírus. Em 2021, organizou coletiva para vacinar a primeira pessoa no Brasil
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Doria, no entanto, também coleciona polêmicas. Além de ter virado réu, acusado de receber propina para beneficiar o consórcio FM Rodrigues/CLD enquanto era prefeito, o empresário causou confusão com educadores após mandar retirar de escolas apostilas sobre identidade de gênero. Durante a pandemia, não agradou os paulistas ao ter viajado, mesmo depois de endurecer as regras de isolamento no estado
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Opositor de Bolsonaro nas Eleições de 2022, Doria venceu as previas do PSDB e, até o momento, está oficializado como pré-candidato à Presidência da República
Igo Estrela/Metrópoles
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