Bolsonaristas lembram 2018 e veem risco de “alckmização” de Nunes
Avanço de Pablo Marçal sobre Nunes nas pesquisas tem despertado memórias da eleição presidencial de 2018
atualizado
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O avanço do coach Pablo Marçal sobre o prefeito Ricardo Nunes nas pesquisas de intenção de voto à Prefeitura de São Paulo, sobretudo o mais recente Datafolha, tem despertado em alguns bolsonaristas memórias da eleição presidencial de 2018, vencida pelo então deputado de baixo clero Jair Bolsonaro.
Diante da empreitada de Nunes em conter Marçal e seu estilo caótico e irresponsável, esses bolsonaristas têm falado em uma possível “alckmização” do emedebista.
O paralelo leva em conta que, em 2018, assim como Nunes em 2024, o então tucano Geraldo Alckmin representava um partido tradicional, encabeçava uma ampla coligação com siglas de centro e farto tempo de propaganda na televisão. Esvaziado à direita por uma nova força que arrebatou o eleitor conservador, até então alinhado ao PSDB contra o PT, ele acabou protagonizando um fiasco eleitoral (4,7% dos votos) e ficando fora do segundo turno. Assim como Marçal, Bolsonaro não dispunha de um partido forte ou alianças em 2018.
“O Alckmin-2018 traz lições ao Ricardo. À parte a facada, a estratégia dele de bater em Bolsonaro e se mostrar como o nome do antipetismo foi um fracasso. A direita passou a ter candidato”, disse à coluna um bolsonarista paulista.
Embora tenha recebido o apoio de Jair Bolsonaro e do PL, Ricardo Nunes vinha demonstrando resistência a bolsonarizar seu discurso e insiste em um discurso de “frente ampla”. Nos últimos dias, ante o risco de perderem o controle do eleitorado de direita, Bolsonaro e seus filhos têm ido para cima de Marçal em postagens e vídeos nas redes sociais.
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