Bolsonaristas do PL agora avaliam que foi um erro implodir o PSL
Deputados bolsonaristas que articularam a implosão do PSL durante o governo Bolsonaro não querem a repetição da história no PL
atualizado
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Deputados bolsonaristas que articularam a implosão do PSL em 2019, no primeiro ano do governo Bolsonaro, agora firmaram o consenso de que foi um erro destruir o partido ao qual o então presidente era filiado.
Lideranças como Carla Zambelli e Bia Kicis, que estavam no primeiro ano de mandato em 2019, expressaram aos bolsonaristas novatos no Congresso que é preciso evitar a todo custo a repetição da história no PL.
Na avaliação dos bolsonaristas mais experientes, a briga enfraqueceu a base do presidente no Congresso e prejudicou o mandato de diversos deputados que ficaram impedidos de exercer cargos de liderança e em comissões por um bom tempo.
Agora que migraram para a oposição, os bolsonaristas estão certos de que a repetição do racha no PL só fortaleceria a base de Lula no Congresso.
A filiação dos bolsonaristas permitiu ao PL eleger a maior bancada da Câmara. Mas, assim como ocorreu com o PSL, o partido mantém quadros que não militavam na extrema-direita e que aderiram ao bolsonarismo por conveniência.
A bancada do PSL rachou no segundo semestre de 2019, após Bolsonaro exigir o controle do Fundão e dos diretórios estaduais. O então presidente do PSL, Luciano Bivar, negou-se a ceder a sigla à família presidencial.
Bolsonaro desfiliou-se do partido e só migrou para o PL quando precisou disputar a reeleição. O PSL acertou a fusão com o DEM e deu origem ao União Brasil.