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Bolsonarista trava projeto que veta militar da ativa no governo

Texto foi apresentado depois que Exército livrou general Eduardo Pazuello de punição por ato político com Bolsonaro

atualizado

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Jair Bolsonaro e comandantes militares
1 de 1 Jair Bolsonaro e comandantes militares - Foto: Michael Melo/Metrópoles

A deputada bolsonarista Chris Tonietto, do PSL do Rio de Janeiro, segura há quatro meses um relatório sobre uma proposta para impedir militares da ativa de ocupar cargos no governo federal. O andamento do processo seria uma derrota para Jair Bolsonaro, que bateu recordes de fardados em seu governo e teve na caserna um grande ativo eleitoral em 2018.

O texto prevê que militares com mais de dez anos de caserna passariam automaticamente à reserva, ao tomar posse no governo. Fardados com menos de uma década de serviços seriam afastados.

Tonietto foi indicada como relatora do texto em 27 de agosto na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), presidida por outra bolsonarista ferrenha, a deputada Bia Kicis. Para definir quem faria um parecer sobre o projeto e ganhar mais tempo, Kicis demorou um mês.

A manobra das aliadas do Planalto busca evitar que a proposta afete os planos de reeleição de Bolsonaro, que passa pelo apoio militar. No início do ano, o Tribunal de Contas da União apontou que os militares ocupavam 2,7 mil cargos de confiança no governo Bolsonaro, cerca de 20% dos postos.

O texto foi apresentado em julho pela deputada Perpétua Almeida, do PCdoB do Acre, depois que o Exército livrou o general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, de punição por dividir um palanque político com o presidente. Hoje, Pazuello ocupa um cargo de confiança no Palácio do Planalto. A CPI  da Pandemia acusou o general de ter cometido pelo menos cinco crimes à frente do Ministério da Saúde, inclusive epidemia com resultado morte.

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