Governo estuda aporte de capital para tornar BNB subsidiária da Caixa
Equipe econômica estuda medida; governo Jair Bolsonaro tenta tirar instituto de gestão do microcrédito
atualizado
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A transformação do Banco do Nordeste (BNB) em subsidiária da Caixa Econômica, proposta em estudo no governo Bolsonaro, aconteceria por meio de um aporte de capital na instituição financeira comandada por Pedro Guimarães.
Esse é o formato analisado atualmente pela equipe econômica. Hoje, a União detém 47,8 milhões de ações do BNB. Como cada uma está valendo R$ 70,01, o aporte equivaleria a até R$ 3,346 bilhões, caso fosse repassada a totalidade dos papéis.
O movimento para transformar o BNB em subsidiária da Caixa seria mais uma tentativa da gestão Bolsonaro de retirar do Instituto Nordeste Cidadania (Inec) a gestão do microcrédito da entidade.
O PL, partido que filiou Jair Bolsonaro no fim do ano passado, abriu a artilharia contra a entidade em setembro, com um vídeo do presidente da sigla, Valdemar Costa Neto, pedindo a cabeça de toda a diretoria do BNB. O motivo seria o contrato que a instituição tem com o Inec, cuja presidente na época era filiada ao PT.
Depois do vídeo, o BNB trocou de presidente e começou uma licitação para substituir o gestor do seu programa de microcrédito urbano. Mesmo assim, nada mudou até o momento. O Inec continuará tocando o programa pelo menos até o fim do primeiro trimestre deste ano, com um repasse mensal maior.