Bicheiro Capitão Guimarães tenta no STF derrubar prisão domiciliar
Capitão Guimarães está preso em casa desde dezembro de 2022, por suspeitas de ter mandado matar um pastor em São Gonçalo
atualizado
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Um dos chefes da cúpula do jogo do bicho do Rio de Janeiro e acusado de ter sido um torturador na ditadura, Ailton Guimarães Jorge, o Capitão Guimarães, acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira (5/2) para derrubar a prisão domiciliar de que é alvo desde dezembro de 2022.
Naquele mês, o bicheiro foi preso da Operação Sicários, que apura se ele foi o mandante do assassinato de um pastor em São Gonçalo, região metropolitana do Rio de Janeiro, em julho de 2020.
Detido pela Polícia Federal, Guimarães conseguiu dois dias depois, junto à Justiça do Rio, o direito de ir para prisão domiciliar. Aos 82 anos, ele é réu em uma ação penal aberta a partir das apurações da Sicários.
Nesta segunda, os advogados de Capitão Guimarães apresentaram ao STF uma reclamação, alegando que a 4ª Vara Criminal de São Gonçalo (RJ), onde tramita o processo, descumpriu uma decisão anterior do próprio Supremo.
Em outubro de 2023, o ministro Dias Toffoli havia determinado que a juíza responsável pela ação penal concedesse ao bicheiro acesso aos documentos apreendidos na operação, sobretudo dados extraídos de dispositivos eletrônicos levados pela PF. Os defensores afirmaram, no entanto, que ainda não acessaram a íntegra do conteúdo.
A defesa pediu ao STF que, além de reafirmar a ordem pelo acesso ao material apreendido na batida policial, a Corte conceda uma liminar para revogar a prisão domiciliar de Capitão Guimarães, que, nas palavras dos advogados, “já vai longe no tempo, mais de ano”. Assim, ele aguardaria em liberdade o acesso integral às provas apreendidas.
A nova solicitação do bicheiro foi distribuída a Dias Toffoli.