metropoles.com

Barroso explica cenários de reversão da inelegibilidade de Bolsonaro

Em entrevista à coluna, Barroso, presidente do STF, tratou das possibilidades de reversão da inelegibilidade e de um indulto a Bolsonaro

atualizado

Compartilhar notícia

Vinícius Schmidt/Metrópoles
Climão Jair Bolsonaro no lançamento da Frente Parlamentar das Escolas
1 de 1 Climão Jair Bolsonaro no lançamento da Frente Parlamentar das Escolas - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Além da chance de um “acordão” que beneficie Jair Bolsonaro, o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, também avaliou, em entrevista à coluna, as possibilidades de a inelegibilidade de Bolsonaro, declarada pelo TSE em 2023, ser revertida pelo Supremo e a de ser concedido um eventual indulto ao ex-presidente.

Barroso ressaltou que, caso a decisão do TSE já tenha transitado em julgado, só uma medida legislativa poderia alterar o quadro.

“Não tenho certeza se a matéria está sendo discutida no Supremo, pelo menos nunca foi liberada para algum relator para julgamento. Não sei se haverá pronunciamento do Supremo. Sobre a possibilidade de haver, não posso comentar. Se transitou em julgado, só uma eventual medida de natureza legislativa poderia alterar esse quadro. E aí já não me cabe mais opinar”, disse.

Depois da decisão do TSE, a defesa de Jair Bolsonaro apresentou um recurso ao STF, em dezembro de 2023, para reverter a punição. O pedido foi inicialmente distribuído ao ministro Cristiano Zanin, que se declarou impedido de atuar no caso, redistribuído então ao ministro Luiz Fux. A PGR já se manifestou contra o recurso de Bolsonaro.

Sobre eventual indulto, Barroso pontuou que a medida, assinada pelo presidente da República, trata geralmente de processos criminais. A decisão da Justiça Eleitoral, disse, tem caráter administrativo.

“Não fazem parte do ‘cardápio’ do indulto penas que não sejam de natureza criminal. A menos que sejam acessórias, eventualmente, de uma condenação criminal. Em tese, poderia se discutir uma anistia, mas acho que não seria o caso de indulto. Porque o indulto é um ato do presidente, a anistia é um ato do Congresso”, afirmou.

Na entrevista, na noite deste domingo (18/8), por ocasião do lançamento de seu novo livro, Barroso também falou sobre a obrigatoriedade de plataformas de redes sociais acatarem decisões judiciais brasileiras, sob pena de terem as atividades suspensas no país, e analisou a situação da Venezuela, que classificou como “um desastre humanitário”.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comGuilherme Amado

Você quer ficar por dentro da coluna Guilherme Amado e receber notificações em tempo real?