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Áudio: servidores de Curitiba são coagidos a doar a candidato de Bolsonaro

Servidores foram coagidos pelo superintendente de Tecnologia da Prefeitura de Curitiba a comprarem convites para um jantar de campanha

atualizado

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eduardo pimentel e bolsonaro
1 de 1 eduardo pimentel e bolsonaro - Foto: Reprodução/Facebook

Servidores da Prefeitura de Curitiba foram coagidos a doar para a campanha a prefeito de Eduardo Pimentel, do PSD, candidato de Jair Bolsonaro na capital paranaense. Um áudio obtido pela coluna mostra que o superintendente de Tecnologia da Informação da prefeitura, Antônio Carlos Pires Rebello, informou aos servidores que eles teriam que comprar convites de R$ 3 mil para um jantar da campanha, que aconteceu no dia 3 de setembro. As transferências, segundo o áudio, deveriam ser para o Pix do PSD. Ouça o áudio ao fim desta reportagem.

Rebello orientou que os servidores fizessem o repasse por contas bancárias de parentes ou amigos próximos, para que não fossem identificados. O superintendente de Tecnologia da Informação disse ainda que o esquema era “ajuda para a campanha” e que seria “melhor do que fazer caixa 2”. O funcionário ainda alegou que o repasse não seria ilegal, mas foi questionado por servidores.

“É ilegal porque vocês estão nos obrigando a fazer a doação”, afirmou um dos servidores na reunião.

Os convites, segundo o áudio, tinham valores diferentes de acordo com os níveis de gratificação dos servidores. Na gravação, Rebello citou três “preços”: R$ 3.000, R$ 1.500 e R$ 750.

Os servidores questionaram o superintendente de Tecnologia se “comprar o convite” garantiria o cargo e a função gratificada, caso Pimentel seja eleito. Rebello respondeu que nada seria garantido, mas que “ajuda a continuar”.

Em um dado momento da reunião, um servidor disse que não pagaria o montante. O servidor disse, aos prantos, que não dispunha de valores como aquele. O superintendente de Tecnologia da prefeitura, responsável pela coação, disse, então, que todos tinham problemas e que não iria mais discutir com o servidor porque senão iria “demiti-lo”.

A coluna questionou a Prefeitura de Curitiba sobre a coação aos servidores, mas não teve resposta até a publicação desta reportagem. O espaço está aberto para manifestações.

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