Ativistas indígenas criticam Guajajara como ministra de Lula
Sônia Guajajara será ministra dos Povos Originários e sairá do mandato na Câmara dos Deputados, para o qual foi eleita
atualizado
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A escolha de Sônia Guajajara (PSOL-SP) para o Ministério dos Povos Originários foi criticada por diminuir a já pequena bancada de indígenas na Câmara dos Deputados, para a qual Guajajara foi eleita.
“Acho um tiro no pé do movimento indígena a nomeação de Sônia Guajajara para ministra. Acho que o Brasil indígena ganharia mais com o seu jeito aguerrido de ser na câmara federal”, disse no Twitter Daniel Munduruku, escritor e ativista do movimento indígena em Belém (PA).
Guajajara foi escolhida por Lula em detrimento de Joenia Wapichana (Rede), ex-deputada federal, para atender o PSOL. A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) havia apresentado a Lula uma lista tríplice de indicações: Joenia Wapichana, Sônia Guajajara e Weibe Tapeba.
“Foram enviados 3 nomes para o presidente Lula escolher para o ministério dos povos indígenas, um dos nomes mais indicado pelas lideranças de base foi o de Joenia Wapichana, e o Presidente Lula escolhe quem? A liderança que foi eleita e que tinha mandato”, escreveu Ariene Susui, do povo Wapichana, no Twitter.
Cinco indígenas foram eleitos para a Câmara dos Deputados, entre eles a bolsonarista Silvia Waiãpi (PL-AP). Com a nomeação de Guajajara como ministra, um suplente da federação PSOL-Rede irá assumir o mandato.