Atendimento represado a brasileiros na Venezuela assusta o Itamaraty
Diplomata esteve em Caracas para vistoriar o prédio da embaixada e para restabelecer o contato do Itamaraty com o governo da Venezuela
atualizado
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O atendimento represado a brasileiros na Venezuela deixou a cúpula do Itamaraty assustada. O embaixador Flávio Macieira, encarregado de negócios que visitou Caracas neste mês, afirmou ao chanceler Mauro Vieira que o volume de serviços prestados aos cidadãos foi ínfimo no governo Bolsonaro.
Lula determinou a retomada das relações com o governo do ditador Nicolás Maduro. Os trabalhos são conduzidos por Macieira, que vistoriou o prédio da embaixada em Caracas e restabeleceu contato com autoridades venezuelanas.
Para acelerar a resolução do problema, Macieira sugeriu que a retomada dos serviços consulares seja feita no sexto andar do prédio onde funciona a embaixada brasileira em Caracas. Será preciso arrumar um novo imóvel para o consulado-geral no país, mas isso só será feito após o Brasil avaliar qual é o tamanho real da demanda reprimida.
Estima-se que será necessário um mês para iniciar o atendimento consular dentro da embaixada. O Itamaraty calcula que a população brasileira na Venezuela gira em torno de 20.000 a 25.000 pessoas.
Nos últimos três anos, período em que os países estiveram com as relações rompidas, a emissão de documentos para brasileiros e outros serviços gerais foram feitos em Bogotá.
O empresário Roberto Ricardo Coimbra Affonso, cônsul-honorário do Brasil na Venezuela, também se dispôs a atender os brasileiros no país. Ele mora em La Asunción, na Ilha de Margarita, mas recebia os cidadãos em um escritório que mantém em Caracas.
Outra questão a ser resolvida trata dos presos brasileiros na Venezuela. O Itamaraty teve de fazer uma parceria com um escritório de advocacia em Caracas para auxiliar os presidiários brasileiros no país.