Associações de procuradores negam acordo com Câmara para votar PEC
Entidades dizem que ainda há pontos fundamentais que precisam ser discutidos
atualizado
Compartilhar notícia
Entidades ligadas ao Ministério Público divulgaram nesta quinta-feira (14/10) uma nota em que negam ter fechado um acordo com a Câmara a favor da votação do projeto que altera a composição do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e aumenta o número de indicados políticos no colegiado ao reservar mais uma vaga para indicação do Congresso.
Na nota, as entidades afirmaram que ainda há pontos fundamentais que precisam ser discutidos e que, se aprovada, a proposta enfraqueceria a autonomia institucional e as prerrogativas dos integrantes do Ministério Público.
“Os signatários não têm como concordar com um texto que fragilize a independência e a autonomia institucionais, pressupostos absolutamente necessários ao exercício da missão constitucional do Ministério Público”, disse a nota.
O documento é assinado por entidades como o Conselho Nacional de Procuradores-Gerais do Ministério Público dos Estados e da União, a Associação Nacional dos Membros do Ministério Público e a Associação Nacional dos Procuradores da República.
De autoria do deputado Paulo Teixeira, do PT de São Paulo, o projeto transfere uma vaga do Ministério Público do Distrito Federal para indicação da Câmara e Senado, que já contavam com duas indicações.
O substitutivo do relator, Paulo Magalhães, determina que o indicado pelo Congresso ocupará o posto de corregedor do CNMP, o que é alvo de críticas por integrantes do MP.