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Assassino de Marielle escondia carro do crime perto de delegacia suspeita de favorecer milícia

A informação sobre onde o Cobalt prata usado no assassinato de Marielle ficava estacionado foi citada por Élcio Queiroz em sua delação

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cobalt prata marielle
1 de 1 cobalt prata marielle - Foto: Reprodução

Delatado como assassino da vereadora Marielle Franco, o ex-PM Ronnie Lessa costumava estacionar o carro usado no crime próximo à delegacia chefiada por Adriana Belém, delegada presa em 2022 com R$ 1,8 milhão em espécie dentro de casa. Belém foi denunciada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro por favorecer a milícia e o jogo do bicho no estado. Lessa e Maxwell Simões, ex-bombeiro preso na última segunda-feira (24/7), também fizeram parte da denúncia.

A informação sobre onde o Cobalt prata ficava estacionado foi citada pelo ex-PM Élcio Queiroz em sua delação premiada. Élcio confessou ter dirigido o carro, enquanto Lessa metralhou o automóvel da vereadora, matando Marielle e o motorista Anderson Gomes em 2018.

Segundo o documento, Lessa guardava o carro na Praia dos Amores, na região do Quebra-Mar, na Barra da Tijuca. A área é conhecida por ser comandada por grupos de contraventores. Fica a dois quilômetros da 16ª Delegacia de Polícia Civil, que era chefiada por Belém na época.

O local é citado cinco vezes na colaboração premiada. Foi na região do Quebra-Mar que Élcio de Queiroz viu o carro pela primeira vez, em 2017. Em 14 de março do ano seguinte, foi de lá que o veículo saiu no encalço de Marielle Franco.

“Relata [Élcio Queiroz] que viu o veículo pela primeira vez em 2017, quando se dirigia ao ‘quebra-mar’, viu Maxwell Simões, vulgo Suel, no banco do motorista, conversando com Ronnie Lessa, em pé do lado de fora, na Avenida do Pepê. Então, foi ao encontro deste que comentou que aquele carro estava sendo usado em um ‘trabalho’, dando a entender que se tratava de algo ilícito, mas sem especificar o quê”, afirmou o delator.

Na denúncia que o MP apresentou à Justiça em 2022 contra Lessa, Suel e a delegada Adriana Belém, a região do Quebra-Mar teve ainda mais destaque: 18 menções. A investigação apontou uma rede de jogos de azar no Rio de Janeiro cujos crimes eram acobertados por policiais, principalmente na delegacia de Belém.

“A casa ilegal de jogos gerida por Ronnie Lessa, situada na Avenida do Pepê, n.º 52, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, local conhecido como ‘Quebra-Mar’, também integrava o conglomerado de domínio da organização criminosa liderada por Rogério de Andrade, sendo este o ponto de convergência entre todos os envolvidos.”

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