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As sete principais razões por que a Covid-19 matou tanto no Brasil

A associação enumera sete falhas centrais da pandemia no Brasil; a análise deixa clara a responsabilidade de Bolsonaro sobre as mortes

atualizado

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Marcelo Camargo/Agência Brasil
Mortes Covid-19
1 de 1 Mortes Covid-19 - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Associação Brasileira de Saúde Coletiva lança hoje um dossiê com conclusões sobre os quase três anos de pandemia de Covid-19, em que aponta sete causas para a Covid-19 ter sido especialmente destrutiva no Brasil.

O documento lembra que em de março de 2022 o país concentrava 2,7% da população mundial, e respondia até então por 10,7% das mortes pela doença no mundo. Enquanto a média global da mortalidade acumulada por era de 770 para cada 1 milhão de pessoas, por aqui ocorriam 3.070 mortes para cada 1 milhão, ou seja, 4 vezes mais que a medida global.

Eis as sete falhas centrais identificadas pela associação:

– baixas testagem, isolamento de casos e quarentena de contatos;
– uso de uma abordagem clínica, e não populacional, para enfrentar a pandemia;
– desestímulo ao uso de máscaras;
– promoção de tratamentos ineficazes;
– atraso na compra de vacinas e desestímulo à vacinação;
– falta de liderança do Ministério da Saúde na articulação dos entes federados e com subsistema complementar; – falta de uma política de comunicação unificada.

A associação não diz no documento, mas a análise dos pontos acima deixa clara a responsabilidade de Jair Bolsonaro sobre a tragédia.

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Desde o início da pandemia até a primeira semana de dezembro de 2021, o Ministério da Saúde registrou mais de 22 milhões de casos de Covid-19 confirmados no Brasil
Segundo o Boletim Epidemiológico, o Brasil é o terceiro país com maior número de casos acumulados
Em relação aos óbitos, até 20 de dezembro, foram confirmadas mais de 617 mil mortes. O Brasil é o segundo país com maior número acumulado, atrás apenas dos Estados Unidos
A pasta da Saúde registrou durante esse período mais de 21 milhões de pessoas recuperadas da Covid-19, o que representa  96,6% dos que já contraíram o vírus. O país é o terceiro com maior quantidade de recuperados no mundo
Considerando os dados acumulados de casos e óbitos, desde o início da pandemia, Roraima apresentou a maior incidência do país, 20.372,0
casos/100 mil hab., enquanto que a maior taxa de mortalidade foi no Rio de Janeiro, que contabilizou 398,1 óbitos/100 mil habitantes
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Yanka Romão/Metrópoles
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Desde o início da pandemia até a primeira semana de dezembro de 2021, o Ministério da Saúde registrou mais de 22 milhões de casos de Covid-19 confirmados no Brasil

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Segundo o Boletim Epidemiológico, o Brasil é o terceiro país com maior número de casos acumulados

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Em relação aos óbitos, até 20 de dezembro, foram confirmadas mais de 617 mil mortes. O Brasil é o segundo país com maior número acumulado, atrás apenas dos Estados Unidos

Altemar Alcântara/Semcom
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A pasta da Saúde registrou durante esse período mais de 21 milhões de pessoas recuperadas da Covid-19, o que representa 96,6% dos que já contraíram o vírus. O país é o terceiro com maior quantidade de recuperados no mundo

Divulgação/Agência Brasília

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Considerando os dados acumulados de casos e óbitos, desde o início da pandemia, Roraima apresentou a maior incidência do país, 20.372,0 casos/100 mil hab., enquanto que a maior taxa de mortalidade foi no Rio de Janeiro, que contabilizou 398,1 óbitos/100 mil habitantes

Reprodução
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Até 20 de dezembro, o Brasil tinha 36 casos confirmados da variante Ômicron. A cepa foi identificada pela primeira vez em países da África, em novembro de 2021

Andriy Onufriyenko/ Getty Images
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A campanha de vacinação contra a Covid-19 teve início em janeiro deste ano. Até a segunda semana de dezembro, mais de 160 milhões de pessoas receberam a primeira dose da vacina, o que corresponde a cerca de 75% da população

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Cerca de 140 milhões de pessoas estão totalmente imunizadas com as duas doses ou dose única no Brasil. O número representa cerca de 66% da população

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Em relação a dose de reforço, aproximadamente 22 milhões de habitantes receberam o imunizante. O valor corresponde a 10% da população

Hugo Barreto/Metrópoles
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Considerando os dados do site Our World in Data, o estado de São Paulo ultrapassa países como Itália, França, Reino Unido e Alemanha no quesito imunização completa contra o coronavírus

Fábio Vieira/Metrópoles
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No ranking global, o Brasil é o quarto país com mais doses aplicadas. Foram 324 milhões até a segunda semana de dezembro

Sandro Araújo/Agência Saúde DF

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