As críticas dos aliados de Doria e de Leite ao presidente do PSDB
Por diferentes motivos, a insatisfação com a presidência de Bruno Araújo é compartilhada pelos tucanos que apoiam João Doria e Eduardo Leite
atualizado
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O trabalho do ex-ministro Bruno Araújo à frente da presidência do PSDB é criticado tanto pelos aliados de João Doria quanto pelos tucanos que estão com Eduardo Leite.
Os tucanos que apoiam Doria dizem que Araújo esgotou o seu capital político tentando viabilizar uma candidatura de Leite no PSDB. Os paulistas não engoliram as decisões tomadas pelo dirigente durante as prévias e afirmam que ele age para favorecer o gaúcho internamente.
Já os aliados de Leite dizem que Araújo deveria ter postura mais assertiva na presidência. Eles reclamam que o dirigente engavetou investigações contra supostos ataques hackers nas prévias e criticam a decisão de Araújo de ter se tornado coordenador da campanha presidencial de Doria.
Araújo disse a diversos colegas no PSDB que só aceitou o cargo oferecido por Doria para garantir que Rodrigo Garcia sentaria na cadeira de governador a partir de abril. Ele afirma que é fundamental eleger Garcia ao governo paulista e que isso só seria possível com a renúncia de Doria.
Nesta quinta-feira (31/3), Araújo assinou uma carta dizendo que o PSDB respeitará o resultados das prévias. A ideia teve participação de Garcia e foi levada adiante para ressuscitar a pré-candidatura de Doria ao Planalto. Garcia disse ao dirigente que a gestão tucana em São Paulo poderia se “desintegrar” caso os planos mudassem de última hora.
Ao fim do discurso em que confirmou a pré-candidatura à Presidência, Doria levantou o braço de Araújo diante dos fotógrafos, mas o dirigente demonstrou desconforto com o gesto. É o retrato de um partido em crise.