Arrecadador de ato terrorista já foi alvo de Alexandre de Moraes
Blogueiro Rafael Moreno pediu doações por Pix para ato terrorista; Moreno foi alvo de operação da PF durante governo Bolsonaro
atualizado
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O blogueiro Rafael Moreno Souza Santos, um dos arrecadadores do ato terrorista do domingo (8/1), já foi alvo de decisões do ministro Alexandre de Moraes, do STF, em dois inquéritos durante o governo Bolsonaro. Moreno também havia angariado recursos para os protestos de 7 de Setembro de 2021, quando o então presidente xingou ministros do Supremo e ameaçou parar de cumprir decisões do tribunal.
Enquanto golpistas saqueavam as sedes dos Três Poderes em Brasília, no domingo (8/1), Moreno estava em um protesto em São Paulo comemorando o terrorismo bolsonarista. “Invadiram o Congresso, pessoal! Tomamos o Brasil de volta, pessoal! Agora é tudo nosso, tudo dominado!”, gritava, em meio a faixas pedindo um golpe militar.
Neste vídeo, pediu doações para seu próprio Pix. O dinheiro seria destinado aos golpistas: “Contribua com as caravanas e alimentação dos patriotas em Brasília enviando qualquer valor”. Depois das prisões dos terroristas, Moreno apagou o vídeo, que foi salvo pela coluna.
Em 2020, Moreno foi um dos alvos da operação no âmbito do inquérito das fake news. A PF cumpriu mandados em seis estados também contra Roberto Jefferson, então presidente do PTB e atualmente preso por ter atirado em policiais, e o empresário Luciano Hang.
Dois meses depois, Moreno teve perfis bloqueados no Twitter e Facebook, por ordem de Moraes. Em setembro daquele ano, foi intimado a depor à PF no inquérito dos atos antidemocráticos. O extremista ficou em silêncio o tempo todo.