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Arqueólogos encontram cidade colonial portuguesa na Amazônia

Descobertas iniciais serão apresentadas em breve no Museu da Amazônia

atualizado

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Foto Alessandro Falco
Jovem da comunidade Manelito, na Reserva Extrativista do Iriri, se banha ao pôr do sol. Local foi mapeado pelo Lidar com áreas sugeridas através de consultas às comunidades. Foto Alessandro Falco
1 de 1 Jovem da comunidade Manelito, na Reserva Extrativista do Iriri, se banha ao pôr do sol. Local foi mapeado pelo Lidar com áreas sugeridas através de consultas às comunidades. Foto Alessandro Falco - Foto: Foto Alessandro Falco

Uma equipe de arqueólogos, liderados por Eduardo Neves, diretor do Museu de Arqueologia e Etnografia da Universidade de São Paulo, fez três descobertas inéditas na região da Floresta Amazônica. Os resultados iniciais da pesquisa estão sendo divulgados em um evento no Museu da Amazônia, em Manaus, no âmbito do projeto Amazônia Revelada, que reúne os principais pesquisadores da região e dos povos da Floresta e quilombolas.

Neves e sua equipe encontraram uma cidade colonial portuguesa datada do século XVIII. Ele alegou que essa cidade já aparecia em alguns mapas, mas havia desaparecido:

“Ela foi abandonada, a floresta tomou conta, e os blocos de pedra foram retirados. Com nossos mapas, conseguimos identificar o traçado das ruas dessa cidade, o que também foi uma descoberta fascinante”.

Em Rondônia, os arqueólogos encontraram uma estrutura de pedra que é um muro conhecido como Serra da Muralha. De lá, Neves conta que é possível observar outras estruturas geométricas no solo, como formas quadradas, circulares e até estradas. Ele frisa que essa descoberta é interessante, já que quase não se encontra estruturas antigas de pedra ou alvenaria na Amazônia.

Também em Rondônia, a equipe de Neves encontrou um sítio arqueológico com elementos de cerâmica e formato reticulado. Os arqueólogos voltaram ao local para tentar descobrir mais sobre a história do local:

“Ainda não sabemos exatamente do que se trata. Elas podem ser áreas de cultivo ou talvez locais de habitação, mas teremos que voltar ao campo para escavar e entender melhor seu significado. Essas formações são conhecidas em outros lugares, como na Bolívia, mas é a primeira vez que as vemos no lado brasileiro”.

 

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