Apple mantém app para jovens que é alvo da PF e estimula pedofilia
Google retirou aplicativo do ar após reportagem da coluna; Apple não responde por que mantém Project Z, que tem estímulo a pedofilia
atualizado
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A Apple mantém a oferta gratuita do aplicativo Project Z, que tem venda de pornografia, estímulo a pedofilia e está sendo investigado pela Polícia Federal. Também é possível baixar de graça na AppStore o Zet, aplicativo que leva diretamente à plataforma. A Google suspendeu os dois apps da PlayStore depois que uma reportagem da coluna mostrou atividades criminosas no app focado em crianças e adolescentes, no último dia 12.
A reportagem usou a plataforma e apontou venda de pornografia, menção a pedofilia, pedido de fotos íntimas e outros conteúdos ilegais no aplicativo da empresa Supersymmetry, de Singapura. Com temática espacial, o programa estimula o uso de desenhos e apelidos no perfil de cada usuário. Basta informar uma idade, escolher um personagem infantilizado, um interesse como história em quadrinhos e um pseudônimo para começar a ter conversas privadas e coletivas que parecem não ter qualquer moderação por parte do aplicativo.
Na página do aplicativo na AppStore, diversos usuários de iPhone alertaram para atividades criminosas na plataforma. “Vídeos de crianças tendo relações sexuais com adultos, se sexualizando. É tudo explícito!!! Estou enojada”, escreveu uma usuária no último dia 30.
A coluna questionou a Apple sobre o Project Z e o Zet, que também leva à plataforma, mas não houve resposta. O espaço segue aberto a eventuais manifestações.
A Google suspendeu os dois aplicativos depois de ser indagada pela coluna. A empresa informou que os aplicativos na PlayStore “devem obedecer uma série de regras que inclui definição de conteúdo e comportamento questionáveis, moderação robusta, eficaz e contínua, existência de sistemas de denúncia e meios de remoção ou bloqueios de usuários que violem seus termos de uso”.