Após Leo Pinheiro, mais um delator tenta anular Lava Jato no STF
Dias Toffoli já anulou todos os atos da Lava Jato conta delatores como Marcelo Odebrecht e Leo Pinheiro
atualizado
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Depois dos casos de Marcelo Odebrecht e Leo Pinheiro, que tiveram todos os atos da Operação Lava Jato contra si anulados por Dias Toffoli, do STF, mais um delator acionou o ministro para conseguir o mesmo benefício.
Julio Camargo, um dos primeiros alvos da Lava Jato, apresentou um pedido a Toffoli na última sexta-feira (27/9) para que seja declarada a nulidade de todos as ações da operação contra ele.
Assim como Marcelo e Pinheiro, o ex-executivo da Toyo Setal baseou sua solicitação nas mensagens trocadas por procuradores da Lava Jato e o ex-juiz federal Sergio Moro.
O material foi acessado e vazado por um hacker e apreendido pela Polícia Federal na Operação Spoofing. O STF tem concedido acesso ao conteúdo a diversos alvos da Lava Jato, que usam as mensagens para mostrar conluio e pedir a anulação dos casos.
Com base nos chats, a defesa de Júlio Camargo afirmou a Toffoli que ele foi coagido a assinar um aditivo ao seu acordo de delação, sob ameaça de ver um filho seu se tornar alvo da Lava Jato.
Em seu acordo original, assinado em outubro de 2014, Camargo havia se comprometido a pagar uma multa de R$ 40 milhões. Diante de inadimplência de parte do valor, o aditivo ao acordo impôs correção monetária e juros de 1% ao mês, tendo sido homologado por Moro em outubro de 2016.
O pedido a Toffoli afirma que o delator foi obrigado a “assinar documentos contra a sua vontade, submetendo-o a uma coação psicológica irresistível, cujos reflexos perduram até hoje”.
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