Após ir ao TSE, deputada extremista alemã chama Moraes de “criminoso”
Neta de ministro de Hitler disse que Alexandre de Moraes é “o maior criminoso do Brasil”; comitiva participou de reunião no TSE
atualizado
Compartilhar notícia
A deputada alemã de extrema-direita Beatrix von Storch chamou na terça-feira (9/5) o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, de “o maior criminoso do Brasil”, dias depois de participar de uma reunião com o ministro no tribunal. Em 2021, Storch foi recebida por Jair Bolsonaro em uma reunião fora da agenda oficial.
Na manhã do último dia 3, sete deputados alemães visitaram o TSE e foram recebidos por Moraes, como é comum no tribunal. Os parlamentares voltaram ao TSE à tarde, para uma apresentação técnica da urna eletrônica. Beatrix von Storch faltou a esse compromisso.
Na última terça-feira (9/5), Storch publicou em suas redes sociais fotos que havia feito da reunião, com o seguinte texto:
“Relato da viagem ao Brasil: Tivemos a ‘honra’ de conhecer o maior criminoso do Brasil: Alexandre de Moraes, o todo-poderoso supremo de todos os juízes, que não só julga tudo como também comanda a polícia e o Ministério Público e assim representa a acusação. O coração de todo totalitário bate quando vê o poder desse senhor. E nossos Verdes e Esquerdas estão felizes: finalmente alguém que ‘restabelece a democracia no Brasil’ (= eliminou Bolsonaro)”. O texto foi encerrado por emojis de caveira e de diabo.
Neta de Lutz Graf Schwerin, ministro de Finanças da ditadura nazista de Adolf Hitler por 13 anos, von Storch foi recebida por Bolsonaro no Palácio do Planalto em 2021. A reunião não foi registrada na agenda oficial da Presidência, mas foi divulgada pela própria parlamentar. Naquela ocasião e agora, Storch também se encontrou com o deputado Eduardo Bolsonaro.
Storch é do partido Alternativa para a Alemanha (AfD, na sigla em alemão), que tem discursos racistas. Poucos meses antes do encontro da deputada com Bolsonaro, em 2021, a legenda foi colocada em vigilância pela Inteligência alemã como ameaça à ordem democrática do país.
Procurado, o TSE não respondeu.