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Após críticas, ministro da Agricultura manda verba para Sul e Nordeste

Carlos Fávaro, ministro da Agricultura, foi criticado quando mandou dinheiro para seu estado; desde então, MT ficou quase de fora

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Carlos Fávaro ministro da agricultura - Metrópoles
1 de 1 Carlos Fávaro ministro da agricultura - Metrópoles - Foto: Guilherme Martimon/Mapa

Pressionado após concentrar repasses do ministério em cidades de Mato Grosso, seu estado, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, diversificou as regiões e os estados atendidos na distribuição do restante da verba.

Há uma fatia de R$ 416 milhões reservada ao Ministério da Agricultura e Pecuária da verba das antigas emendas de relator que foi parar nas mãos dos ministros de Lula.

Esse orçamento já foi todo empenhado, ou seja, distribuído oficialmente para os locais indicados, geralmente bases eleitorais de aliados do governo.

Depois de enviar R$ 134 milhões para cidades de Mato Grosso entre junho e agosto, o ministério diversificou a verba entre outros estados. As cidades matogrossenses ficaram praticamente de fora, beneficiadas com apenas mais R$ 4 milhões em outubro.

O ministro Carlos Fávaro disse à coluna que é “claro que vai mais dinheiro para locais onde há grandes produções, grandes chuvas e grandes distâncias, mas todas as unidades da federação receberam recursos”. “Destinamos quase R$ 490 milhões em convênios em 2023, sendo 94% desse valor para instrumentos como a aquisição de máquinas e equipamentos, estradas vicinais, dentre outros objetos.”

Em setembro e outubro, o estado mais beneficiado foi o Paraná, com R$ 26 milhões em ações do ministério. Em seguida, a Bahia, com R$ 13,3 milhões. Os estados do Nordeste receberam R$ 40,5 milhões; do Sul, R$ 34 milhões; do Norte, R$ 19 milhões e do Centro-Oeste, R$ 18,6 milhões.

As verbas fazem parte dos R$ 9,6 bilhões reservados para negociação política dentro dos ministérios. Fávaro foi repreendido pelo Palácio do Planalto por ter privilegiado seu estado; depois, pessoas próximas do ministro relataram que ele perdeu o controle sobre o restante do dinheiro.

Procurado, o ministério disse que “reafirma a importância dos critérios técnicos e estratégicos quando do investimento em projetos de recuperação e ampliação de estradas vicinais”, incluindo a distância das áreas de produção e a rede de estradas estaduais e federais.

“O Ministério também considera a importância de fomento ao desenvolvimento regional nas localidades com menor nível de IDH, como Nordeste, Norte e Centro-Oeste.”

“No entanto, o investimento na recuperação e melhoria das vicinais é realizado em todo o Brasil.”

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metropoles.comGuilherme Amado

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