Após China e Itália, “Guerra e Paz” de Portinari deve ir a Belém
Painéis de Cândido Portinari passarão por Pequim e Roma até chegarem a Belém, em dezembro de 2025, durante a cúpula do clima da ONU
atualizado
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Além de China e Itália, como noticiou a coluna em outubro, os famosos painéis “Guerra e Paz”, do pintor Cândido Portinari (1903-1962), também devem passar pelo Brasil em breve. As obras de arte ficam abrigadas na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York.
Depois de passagens por Pequim e Roma, o Projeto Portinari, tocado por João Cândido Portinari, filho do gênio, pretende trazer os painéis a Belém durante a COP30, Conferência do Clima da ONU.
Os painéis “Guerra e paz” foram apresentados ao público no Theatro Municipal do Rio de Janeiro em 1956, dias antes da doação à ONU. Cada painel pesa uma tonelada e mede 14 metros de altura e 10 metros de largura.
Portinari morreu em 1962, seis anos depois da doação. Por causa de suas convicções políticas de esquerda, teve o visto negado pelos Estados Unidos nos tempos de Guerra Fria.
Em Belém, os painéis devem ser exibidos no Theatro da Paz a partir de dezembro de 2025, quando estarão na capital paraense políticos de diversos países, autoridades e diplomatas para a cúpula do clima da ONU. A mostra vai durar três meses e espera atrair cerca de 20 mil pessoas.
Antes, na China, eles farão parte da comemoração dos 50 anos de relação entre o país asiático e o Brasil. A exposição dos painéis será no Museu Nacional da China, em Pequim, durante quatro meses, a partir de novembro de 2024. A expectativa é de um público de 50 mil pessoas.
Na Itália, a mostra da obra de Portinari será no Palazzo delle Esposizioni, em Roma, também ao longo de quatro meses, a partir de abril de 2025, quando serão celebrados 150 anos de relações entre Brasil e Itália e o Jubileu da Igreja Católica. No país europeu, a estimativa de público também é de 50 mil visitantes.