Após atos terroristas no DF, ministro da Justiça tem agenda vazia
Ministro da Justiça, Anderson Torres está há uma semana sem compromissos oficiais; bolsonaristas deixaram rastro de destruição em Brasília
atualizado
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Em meio a atos terroristas de bolsonaristas em Brasília, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, está há uma semana com a agenda vazia no ministério. Nesta terça-feira (13/12), dia seguinte à tentativa de invasão do prédio da PF e ao incêndio de ônibus no centro da capital, Torres também não tem nenhum compromisso oficial.
O último compromisso que Torres registrou na agenda oficial foi na última quarta-feira (7/12). O ministro foi ao Planalto participar de uma cerimônia sobre a tecnologia 5G com Jair Bolsonaro. Foi o único compromisso do dia.
Nos dois dias anteriores, o ritmo foi o mesmo: apenas um afazer diário. Na terça-feira (6/12), foi até o Superior Tribunal de Justiça (STJ) prestigiar a posse de dois ministros indicados por Bolsonaro. Na segunda-feira (5/12), participou de um evento no Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Apesar do cenário de guerra em Brasília, ninguém foi preso. O ministro da Justiça, a quem a Polícia Federal é subordinada, demorou pelo menos quatro horas para se manifestar sobre os atos extremistas de bolsonaristas em Brasília. Só foi ao Twitter às 23h45, no mesmo momento em que seu sucessor na pasta, o lulista Flávio Dino, falava a jornalistas no gabinete de transição.