Após ataques de Bolsonaro, entidades da PF defendem urna eletrônica
Na véspera, Jair Bolsonaro voltou a atacar, sem provas, o sistema eleitoral
atualizado
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Três entidades que representam servidores da Polícia Federal manifestaram nesta terça-feira (19/7) “total confiança” nas urnas eletrônicas, um dia após Jair Bolsonaro voltar a fazer ataques sem provas ao sistema eleitoral. As associações afirmaram que não há indício algum de fraude no sistema.
O documento foi assinado pela Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF) e Federação Nacional dos Delegados Federais (Fenadepol).
“A Polícia Federal é uma das instituições de Estado que tem por atribuição garantir a lisura e segurança das eleições, que desde a redemocratização ocorrem sem qualquer incidente que lance dúvidas sobre sua transparência e efetividade”, afirmaram as entidades, acrescentando: “Manifestamos total confiança no sistema eleitoral brasileiro e nas urnas eletrônicas”.
A nota pública disse ainda que “não foi apresentada qualquer evidência de fraudes em eleições brasileiras”. Também mencionou que o sistema eletrônico de votação já passou por “diversas perícias e apurações por parte da PF e nenhum indício de ilicitude foi comprovado”.
No documento, ADPF, APCF e Fenadepol defenderam ainda que todas as autoridades e candidatos devem respeitar a legislação eleitoral e a Constituição.
No mês passado, o Ministério da Justiça, a quem a Polícia Federal é subordinada, afirmou ao TSE que a PF poderá usar programas próprios para fiscalizar as urnas eletrônicas. A manifestação do ministro Anderson Torres foi vista como uma tentativa de desacreditar o sistema eleitoral, na linha de Bolsonaro e do Ministério da Defesa.
Nesta segunda-feira (19/7), Jair Bolsonaro voltar a atacar, sem provas, a urna eletrônica em um evento para embaixadores no Palácio da Alvorada. Com erros de ortografia na apresentação da Presidência, o presidente também usou vídeos de motociatas em seu apoio, o que causou constrangimento entre diplomatas.