Após 8 de janeiro, Lula evita GLO para resolver crises internas
Presidente ainda está desconfiado das Forças Armadas e recusou GLO para crise dos ianomâmi, em Roraima
atualizado
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O presidente Lula desenvolveu uma grave alergia a um instrumento previsto na Constituição: a Garantia da Lei e da Ordem (GLO), que entrega um poder temporário às Forças Armadas para resolverem uma crise interna.
No próprio 8 de janeiro, por sugestão de Janja da Silva, a primeira-dama, como mostrou a coluna, ele recusou a sugestão do ministro da Defesa, José Múcio de fazer uma GLO. Lula não confiava nos militares para resolver a situação, já que imaginava que podia haver golpistas entre eles.
No final do mês, quando uma grave crise de fome assolava o território Yanomami, novamente Múcio sugeriu uma GLO para que as Forças Armadas intervissem em Roraima. A GLO dá poder aos militares para agirem como forças de segurança, o que é proibido em situações normais.
Novamente desconfiado, Lula negou. Até o momento, não houve uma situação em que o presidente tenha topado empoderar os militares, o que mostra que há um longo caminho até que seja alcançada a pacificação almejada pelo ministro da Defesa José Múcio.