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Ancine privilegia RJ e SP em editais, diz associação de cineastas

Ancine lançou editais neste ano mantendo regras que privilegiam produtoras do Rio e de São Paulo, segundo associação de cineastas

atualizado

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Foto de uma sala de cinema vazia com o logo da Ancine no telão onde os filmes são reproduzidos - Metrópoles
1 de 1 Foto de uma sala de cinema vazia com o logo da Ancine no telão onde os filmes são reproduzidos - Metrópoles - Foto: Reprodução

Um grupo de cineastas do Centro-Oeste, Norte e Nordeste criticou os editais lançados neste ano pela Agência Nacional do Cinema (Ancine) por manterem regras que concentram o mercado no eixo Rio-São Paulo.

Segundo a associação Conexão Audiovisual Centro-Oeste, Norte e Nordeste (Conne), os editais exigem que pequenas produtoras se associem a distribuidoras com um número grande de projetos lançados, empresas que hoje estão principalmente em São Paulo.

A Conne reúne empresas produtoras, diretores e produtores de cinema dos estados fora das regiões Sul e Sudeste. Em um manifesto publicado no Instagram, a associação criticou os editais e disse que, para a atual gestão da Ancine, “diversidade é apenas uma palavra bonita”.

“Existem distribuidoras fora do eixo, mas elas são pequenas e têm baixa capacidade de investimento. A política pública precisa dar um apoio privilegiado a elas, mas não faz isso”, disse Pedro Novaes, diretor e produtor de cinema em Goiânia (GO) e integrante da diretoria da Conne.

A diretoria da Ancine foi nomeada no governo Jair Bolsonaro. No comitê gestor, não há pessoas de fora do eixo Rio-SP.

Os editais cumprem uma cota de 30% de aplicação de recursos em produções no Centro-Oeste, Norte e Nordeste, mas apenas essa previsão não é suficiente para viabilizar o cinema nessas regiões, dizem os cineastas.

“Nossa briga é pela desconcentração da produção e dos recursos, e os primeiros editais de 2023 são decepcionantes, porque, mesmo que cumpram a cota (ela está prevista), vão obrigar as produtoras dessas regiões a se associarem a poucas distribuidoras maiores de São Paulo”, afirmou Novaes. “Além disso, as nossas produtoras, em sua maioria, são pequenas, e as regras praticamente inviabilizam o acesso delas aos recursos, mesmo com a cota.”

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metropoles.comGuilherme Amado

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