1 de 1 Lula discursa MTST
- Foto: Fábio Vieira/Metrópoles
Desde que reconquistou seus direitos políticos e começou a arregaçar as mangas para tentar voltar ao Planalto, Lula constatou que esta, de todas as eleições de que participou, seria aquela em que o eleitorado mais estaria inclinado à direita. Por isso, decidiu que faria uma campanha de centro, capaz de não só atrair o voto de esquerda, mas também o da direita não extremista, preocupada com a democracia. A acertada escolha de Alckmin como vice reflete isso. Mas não é o que vem fazendo em agendas, discursos e escolha de palanques.
Lula parece em alguns momentos se esforçar para perder a eleição. Os sinais que vem dando não são os esperados de quem disse querer o voto de centro. Diz querer governar para todos, mas visita acampamento de sem-teto, o que é uma necessidade e, claro, não é um problema, mas se recusa a sentar com empresários da Faria Lima. Faz o contrário da concertação que fez entre 2003 e 2011. Diz não ter ressentimento, mas cobra um pedido de desculpas da TV Globo pelas “mentiras” que a emissora teria contado, o que assusta quem teme que ele volte à Presidência ressentido.
Na escolha de palanques, aliados também vêm apontando erros como esse. No Rio de Janeiro, Lula, ao menos até agora, está com Marcelo Freixo, uma candidatura que integrantes do próprio PT lembram que não aumenta o espectro de votos do petista. Lula precisaria, na visão de diversos dirigentes da sigla no Rio, de um palanque que o apresentasse a eleitores de centro e de direita.
Neste Diagnóstico, cito alguns desses exemplos e analiso o risco que eles representam para a candidatura do petista.
Luiz Inácio Lula da Silva, nascido em 1945, é um ex-metalúrgico, ex-sindicalista e político brasileiro. Natural de Caetés, no Pernambuco, foi o 35º presidente do Brasil
Fábio Vieira/Metrópoles
2 de 12
De origem simples, Lula se mudou para São Paulo com a família quando ainda era criança. Na infância, trabalhou como vendedor de frutas e engraxate
Rafaela Felicciano/Metrópoles
3 de 12
Mais tarde, tornou-se auxiliar de escritório, foi aluno do curso de tornearia mecânica no Senai e, tempos depois, passou a trabalhar em uma siderúrgica que produzia parafusos, onde perdeu o dedo mínimo da mão esquerda
Fábio Vieira/Metrópoles
4 de 12
Em 1966, Lula começou a trabalhar em uma empresa metalúrgica. Em 1968, filiou-se ao Sindicado de Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema e, em 1969, foi eleito para a diretoria do sindicato da categoria
Fábio Vieira/Metrópoles
5 de 12
Durante a ditadura militar, liderou a greve dos metalúrgicos e foi preso, cassado e processado com base na lei vigente à época. Foi justamente nesse período que a ideia de fundar o Partido dos Trabalhadores surgiu
Ricardo Stuckert
6 de 12
Para formar a sigla, juntou representantes de movimento sindicais, sociais, católicos e intelectuais. Lula se tornou o primeiro presidente do PT. Durante a redemocratização, foi um dos principais nomes do Diretas Já, e no mesmo período, iniciou a carreira política
Reprodução/YouTube
7 de 12
Em 1986, foi eleito deputado federal por São Paulo e, em 1989, concorreu pela primeira vez para presidente. Perdeu para Fernando Collor. Lula disputou o Palácio do Planalto outras duas vezes até ser eleito, em 2002
Ricardo Stuckert/Reprodução/Instagram
8 de 12
Cumprindo o primeiro mandato, foi reeleito em 2006, após disputa com Geraldo Alckmin, e permaneceu como presidente até 31 de dezembro de 2010
Fábio Vieira/Metrópoles
9 de 12
Durante o período em que foi chefe de Estado, ficou conhecido pelos programas sociais Fome Zero e Bolsa Família, pelos planos de combate à pobreza e pelas reformas econômicas que aumentaram o PIB brasileiro. No exterior, Lula foi considerado um dos políticos mais populares do Brasil e um dos presidentes mais respeitados do mundo
Fábio Vieira/Metrópoles
10 de 12
Após passar a faixa presidencial para Dilma Rousseff, Lula começou a realizar palestras nacionais e internacionais. Em 2016, foi nomeado por Dilma para comandar a Casa Civil, mas foi impedido de exercer a função pelo STF
Fábio Vieira/Metrópoles
11 de 12
Em 2017, Lula foi condenado pelo então juiz Sergio Moro por lavagem de dinheiro e corrupção, resultado da Operação que ficou conhecida como Lava Jato. A sentença levou Lula à prisão até 2019, quando ele foi solto após o STF decidir que ele só deveria cumprir pena depois do trânsito em julgado da sentença
Fábio Vieira/Metrópoles
12 de 12
Em 2021, o Supremo declarou que Sergio Moro foi parcial nos julgamentos e, consequentemente, todos os atos processuais foram anulados. Lula tornou-se elegível outra vez e, tempos depois, confirmou a intenção de se candidatar novamente ao Planalto
Reprodução
Já leu todas as notas e reportagens da coluna hoje? Clique aqui.