Amorim processa procuradoras que citaram prisão após suposta ameaça
Deputado estadual bolsonarista, Rodrigo Amorim nega ter enviado e-mail transfóbico e diz que procuradoras do MPF fazem “ativismo judicial”
atualizado
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O deputado estadual Rodrigo Amorim, do PTB Rio de Janeiro, entrou com processo no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) na sexta-feira (1º/7) contra as duas procuradoras do MPF que cogitaram sua prisão preventiva por suposta ameaça endereçada por e-mail à vereadora transexual Benny Briolly, de Niterói.
Em ofício na semana passada, Raquel Branquinho e Nathália Mariel — que atuam no combate à violência de gênero na política — pediram que a Procuradoria-Regional Eleitoral do Rio de Janeiro considerasse a prisão preventiva de Amorim.
Segundo as procuradoras, Amorim afirmou em um e-mail que estava “contando as balas”, e fez ameaças à vereadora transexual Benny Briolly e à deputada estadual Renata Souza, ambas do PSol.
O parlamentar negou que a mensagem citada no ofício tenha partido de seu e-mail institucional da Assembleia Legislativa. E afirmou que a Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática e a própria Alerj emitirão laudos que atestarão a suposta fraude.
O bolsonarista alegou que o ofício emitido pelas procuradoras foi “eivado de orientações político-ideológicas”. Para sustentar a tese, disse que a procuradora da República Nathália Mariel Ferreira de Souza “mantém em sua rede social Instagram inúmeras postagens de cunho ideológico similar aos parlamentares ‘vítimas’” e deu exemplo de publicações com o termo “antifascista”.
Amorim afirmou ser vítima de “abuso e arbitrariedade” decorrentes de “ativismo judicial”.