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Alvos da PF por desvio milionário são ligados a vice-presidente do PT

Pelo menos três alvos da Operação Salus da Polícia Federal, que investigou desvios na Saúde de Maricá, foram indicados por Washington Quaquá

atualizado

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Billy Boss / Câmara dos Deputados
tapa Quaquá, deputado do PT
1 de 1 tapa Quaquá, deputado do PT - Foto: Billy Boss / Câmara dos Deputados

Pelo menos três alvos da Operação Salus da Polícia Federal, que investigou desvios na Saúde de Maricá, foram indicados aos seus cargos pelo vice-presidente do PT Washington Quaquá. O município é governado há 15 anos pelo PT, oito deles por Quaquá e sete por seu sucessor, o atual prefeito, Fabiano Horta.

Entre os alvos de busca e apreensão e afastamento das funções públicas, estão a secretária municipal de Saúde, Solange Regina de Oliveira, Simone da Costa Massa, diretora do Hospital Che Guevara, e Marcelo Costa Velho Mendes de Azevedo, membro e presidente da Comissão de Avaliação de Desempenho (CAD) do município. Os três, segundo fontes envolvidas na investigação informaram à coluna, foram indicadas por Quaquá.

Além de Quaquá ter emplacado seu sucessor, Fabiano Horta, na prefeitura de Maricá, seu filho, Diego Zeidan, era vice-prefeito de Fabiano Horta. Filho de Quaquá com a deputada estadual petista Zeidan, Diego Zeidan se licenciou da prefeitura de Maricá para assumir a Secretaria de Desenvolvimento Econômico Solidário do Rio.

O vice-presidente do PT, que também é vice-líder do partido na Câmara dos Deputados, será candidato novamente em Maricá. Quaquá quer seu terceiro mandato no município.

A investigação da Polícia Federal aponta para um prejuízo estimado em mais de R$ 70 milhões em recursos públicos destinados à saúde.

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Quaquá e Marcelo Costa Velho
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Quaquá e Simone da Costa Massa

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Quaquá e Marcelo Costa Velho

A investigação foi iniciada a partir do relatório de auditoria de conformidade do Tribunal de Contas do Estado (TCE/RJ), realizado na Secretaria Municipal de Saúde de Maricá, no período entre agosto e dezembro de 2022. O documento trouxe indícios de crimes na execução de um contrato de gestão que foi vigente entre os meses de fevereiro de 2020 a 2024 com o Instituto Gnosis, uma organização social de saúde (OSS).

Em nota à coluna, a Prefeitura de Maricá negou os desvios e afirmou que todos os esclarecimentos pedidos pela Justiça serão prestados, assim como o cumprimento de todas as determinações judiciais, como os afastamentos.

Procurado, Quaquá não respondeu aos contatos da coluna.

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