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Alvo do CNJ, juiz do caso Mari Ferrer desiste de ações contra críticos

Juiz Rudson Marcos, do caso Mari Ferrer, moveu 182 processos contra críticos, incluindo Angélica, Tatá Werneck, Marcos Mion e Felipe Neto

atualizado

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Felipe Neto e Angélica
1 de 1 Felipe Neto e Angélica - Foto: Reprodução

O juiz do caso Mariana Ferrer, Rudson Marcos, do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, desistiu de todos os 182 processos que havia movido contra críticos à decisão dele contra Ferrer. O magistrado informou a desistência na quinta-feira (1º/8) ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), onde é alvo de uma apuração por suposto assédio judicial contra quem o criticou, inclusive Angélica, Tatá Werneck e Felipe Neto.

Em abril, Marcos passou a ser investigado em uma apuração do CNJ por supostos assédio judicial e intimidação a críticos. Agora, anunciou ter desistido das ações para “superar esse turbulento capítulo”.

“Ainda que se oponha energicamente à acusação de assédio judicial, Rudson Marcos, a fim de superar esse turbulento capítulo de sua vida, desistiu de todas as ações que pendiam de julgamento, e deixou de recorrer daquelas em que as sentenças foram improcedentes”, escreveu o magistrado ao corregedor-nacional de Justiça, Luís Felipe Salomão, pedindo que a apuração interna seja arquivada.

A defesa do magistrado afirmou que 182 processos foram movidos contra críticos. E informou os seguintes números: 75 foram arquivados definitivamente; 25 perderam o prazo por falta de recurso; nove terão pedido de desistência analisado; 50 foram extintos por desistência; um extinto por questões processuais; e 22 deram sentença favorável a Marcos ou houve acordo entre as partes.

Na sexta-feira (2/8), o advogado João Raposo, que defende Luiz Guilherme Prado, uma das pessoas processadas pelo juiz, havia pedido a suspensão do caso até uma decisão do CNJ sobre a apuração de assédio judicial. “Caso o CNJ condene o autor [juiz] por prática de assédio judicial por ter ajuizado esta e outras ações, seria um absoluto contrassenso a procedência desta demanda”, escreveu o advogado. Com a desistência de Rudson Marcos, contudo, esse processo também deve ser encerrado.

Em 2020, Marcos julgou um processo em que Mariana Ferrer acusou o empresário André de Camargo Aranha de estupro em Florianópolis. O magistrado absolveu o empresário. O promotor do caso, Thiago Carriço, concordou com a defesa do empresário e usou argumentos que foram criticados nas redes sociais por meio da expressão “estupro culposo”. O termo não foi usado no julgamento.

Desde então, Marcos moveu 182 processos contra anônimos e famosos, incluindo Marcos Mion, Tatá Werneck, Angélica, Felipe Neto, Ana Hickmann e o senador Jorge Kajuru. No mês passado, por exemplo, a Justiça condenou a deputada estadual Simone Nascimento, do PSol de São Paulo, a indenizar Marcos em R$ 4 mil.

“A resolução de todas as ações indenizatórias que originaram a denúncia de suposto assédio judicial é um claro demonstrativo de que Rudson Marcos jamais intentou utilizar-se da justiça como instrumento de intimidação, pelo contrário: apenas a buscou como ferramenta de proteção de seus próprios direitos”, escreveu Rudson Marcos ao CNJ, acrescentando que decidiu processar os críticos porque sua vida foi “reduzida a esse infeliz episódio que lhe foi erroneamente atribuído”.

Em novembro do ano passado, o CNJ aplicou uma advertência a Rudson Marcos por seu comportamento durante o julgamento de Mari Ferrer. Segundo o CNJ, o magistrado se omitiu e permitiu ofensas do advogado do empresário a Mari Ferrer.

Procurado por meio do TJSC, Rudson Marcos não respondeu. O espaço segue aberto a eventuais manifestações.

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