Alvo de apurações, Google quer evitar conflito e alega debate legítimo
Presidente do Google terá que prestar depoimento à PF; big tech é alvo de pelo menos quatro apurações no Executivo e no Judiciário
atualizado
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O Google buscará evitar conflitos com o poder público e pretende alegar que fez um debate legítimo sobre o Projeto de Lei (PL) das Fake News. Nesta semana, a big tech se tornou alvo de pelo menos quatro apurações em diferentes áreas no Executivo e Judiciário por supostas práticas abusivas nas críticas à proposta.
Na segunda-feira (1º/5) e na terça-feira (2/5), o Google passou a exibir uma mensagem em sua página inicial que acusava o projeto de lei de “piorar sua internet”. O link foi retirado no início da tarde da terça-feira (2/5), logo após o Ministério da Justiça ter anunciado multa e abertura de um processo contra a companhia.
O Ministério Público Federal, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica e o Supremo Tribunal Federal também cobraram respostas do Google. O presidente da empresa no Brasil terá que prestar depoimento à Polícia Federal.
Nas respostas a essas apurações, a big tech pode também sustentar que havia planejado que o link só fosse destacado por 24 horas, a exemplo de outras ações anteriores da empresa. Segundo interloutores da empresa, a retirada desse material não foi uma reação à ofensiva do governo.
A empresa também busca afirmar que não manipulou resultados de busca nesse processo, e que tem agora a oportunidade de esclarecer seu ponto de vista sobre o PL das Fake News. Na visão do Google, o projeto incluiu pontos controversos sem o debate necessário.