Alvo da PF, Jair Renan Bolsonaro ganha programa de rádio em Brasília
Filho mais novo de Jair Bolsonaro, Jair Renan terá programa semanal com artistas; influenciador digital é alvo de inquérito da PF
atualizado
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Jair Renan Bolsonaro, filho mais novo do presidente, estreará um programa de rádio nesta quinta-feira (6/1) em Brasília. O influenciador digital de 23 anos lançará o “Podcast Zero 4” na Rádio Sucesso News Bsb e entrevistará artistas. Jair Renan segue alvo da PF em um inquérito que apura supostos tráfico de influência e lavagem de dinheiro. Foi chamado a prestar depoimento no mês passado, mas alegou estar doente.
Nesta quarta-feira (5/1), Jair Renan foi aos estúdios da rádio, em um hotel de Brasília, para gravar o episódio piloto do programa. A passagem no local foi bloqueada por seguranças da Presidência.
Comandada pelo empresário Raul Canal, a rádio separou duas horas de sua programação ao filho de Jair Bolsonaro. A ideia é gravar os episódios ao vivo, toda quinta-feira. Na estreia, o convidado será o cantor sertanejo Dalmi Junior, de 19 anos. Em junho, o influenciador digital foi a um show do cantor em Goiânia.
Em janeiro do ano passado, Jair Renan ensaiou lançar um programa de entrevistas em seu canal no YouTube, o “Condomínio 04”, mas a iniciativa não prosperou. Só houve um episódio. O local de gravação era um camarote no Estádio Nacional Mané Garrincha, a sede da empresa Bolsonaro Jr Eventos, que entraria no radar da PF.
Dois meses depois, a Polícia Federal abriu um inquérito para apurar se Jair Renan ganhou um carro elétrico de R$ 90 mil em troca de facilitar que a empresa Thomazini conseguisse uma reunião no Ministério do Desenvolvimento Regional. Renan prestaria depoimento aos investigadores no mês passado, mas faltou, alegando estar doente. O inquérito foi aberto há nove meses.
A CPI da Pandemia também se debruçou sobre os negócios de Jair Renan. A Bolsonaro Jr Eventos foi fundada com a ajuda de Marconny Faria, apontado pela comissão como lobista da Precisa Medicamentos na compra da vacina Covaxin. No relatório final, a CPI pediu o indiciamento de Marconny por formação de organização criminosa.