Alvo da CPI, entidade indica 197 médicos para tratamento ineficaz
CPI da Covid aprovou quebras de sigilo bancário e fiscal da Associação Médicos pela Vida
atualizado
Compartilhar notícia
Alvo de quebras de sigilo bancário e fiscal pela CPI da Covid, a Associação Médicos pela Vida indica 197 médicos em todo o país que receitam o tratamento precoce, ineficaz contra a Covid.
A lista abrange 25 das 27 unidades da federação — Piauí e Roraima ficaram de fora. São Paulo, com 38 profissionais, é o estado com mais indicações, seguido por Minas Gerais (25) e Rio Grande do Sul (19). Além de informarem o celular e se a consulta seria presencial ou virtual, alguns médicos já receitam a cloroquina e outros medicamentos ineficazes de antemão no portal.
É o caso de Marcelo Christian Barreto, de Porto Velho, que recomendou hidroxicloroquina e azitromicina, com detalhes de doses e frequência, em sua apresentação no site. Everton Fernando SIlva de Oliveira, médico de Afonso Cláudio (ES), escreveu: “Utilizo todos medicamentos que tragam benefícios para o paciente: Azitromicina, Ivermectina, hidroxicloroquina, vit. D, zinco, Bromexina, anticoagulante, corticóide, anti androgênico (sic)”.
No domingo (13/06), o presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz, enviou a determinação de quebras de sigilo fiscal e bancário da entidade ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Aziz pediu que o colegiado receba os dados em até cinco dias. Enquanto isso, a associação recorreu ao STF contra a decisão da CPI.
O senador Humberto Costa, do PT de Pernambuco, foi o autor do pedido para acessar as informações bancárias da associação. “O Médicos pela Vida pretende impedir que os governos adotem medidas de distanciamento social, uso obrigatório de máscaras e álcool gel”, escreveu Costa, acrescentando: “Cabe-nos esclarecer quais as fontes materiais dessas campanhas que operam objetivamente contra a saúde pública”.