1 de 1 Senador Alvaro Dis, líder do Podemos no Senado
- Foto: MICHAEL MELO/METRÓPOLES
O senador Alvaro Dias, do Podemos do Paraná, tem se mostrado mais receptivo a uma saída de Sergio Moro para o União Brasil. Dias disse nesta quinta-feira (20/1) que a decisão cabe só a Moro, e que o Podemos não deve influenciá-la.
“Cabe ao Moro responder, sem se preocupar conosco. Você tem de se identificar com o partido, é uma opção pessoal. Nós não devemos influir. Qualquer opinião nossa fica fora do que é correto”, afirmou Alvaro Dias.
Até então, Dias, uma das lideranças do Podemos, vinha dizendo que era “impróprio” discutir a saída de Moro da sigla, com apenas dois meses de filiação do ex-juiz.
O senador concorreu ao Planalto pelo Podemos na última eleição e articulou pessoalmente a entrada de Moro na legenda, desde que Moro era ministro de Jair Bolsonaro. Depois da filiação de Moro, a chegada de Deltan Dallagnol, ex-chefe da força-tarefa da Lava Jato, reforçou a intenção da legenda em surfar no discurso anticorrupção.
Questionado sobre as perdas que teria caso Moro fizesse uma passagem relâmpago pelo Podemos, Dias desconversou: “Eu não quero que ele se preocupe comigo, com ganhos ou perdas”.
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Após 22 anos de magistratura, o ex-juiz Sergio Moro, conhecido por conduzir a Lava Jato, firmou aliança com Bolsonaro e assumiu a condução do Ministério da Justiça, em 2019
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A união dos dois se deu pela forte oposição ao ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
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Presidente Jair Bolsonaro e o então ministro Sergio Moro
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Outrora aliados, Bolsonaro e Moro trocam críticas públicas frequentemente
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No fim de agosto de 2019, Bolsonaro ameaçou tirar Maurício Valeixo, chefe da Polícia Federal indicado por Moro, do cargo de direção da corporação
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“Ele é subordinado a mim, não ao ministro, deixar bem claro isso aí”, afirmou, na época, o presidente
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Em 24 de abril de 2020, Bolsonaro exonerou Valeixo do comando da PF e Moro foi surpreendido com a decisão
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Sergio Moro critica o presidente Jair Bolsonaro (PL) em uma entrevista ao Estadão
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Para o senador, Moro não representa um adversário forte por não integrar o cenário político e não possuir o "exército de seguidores" de Bolsonaro
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Em novembro, o ex-juiz retorna ao Brasil e se filia ao partido Podemos. Pela sigla, lançou-se pré-candidato à Presidência da República
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A relação, antes amigável, torna-se insustentável. Em entrevistas e nas redes sociais, Moro e Bolsonaro protagonizam trocas de farpas
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