Alunos de colégio de elite em SP espalham mensagens racistas via WhatsApp
Conselheira da OAB de São Paulo denunciou à Polícia Civil uma mensagem racista contra seu filho: “espero que você morra, fdp negro [sic]”
atualizado
Compartilhar notícia
Alunos do colégio Visconde de Porto Seguro, em Valinhos (SP), espalham mensagens racistas e neonazistas em um grupo de WhatsApp chamado “Fundação Antipetismo”. As declarações no grupo foram denunciadas à Polícia Civil do estado nesta segunda-feira (31/10) pela conselheira da OAB de São Paulo Thaís Cremasco.
O filho de Thaís Cremasco recebeu, de um dos integrantes desse grupo, uma ameaça racista em seu perfil do Instagram, que dizia “espero que você morra, fdp negro [sic]”. O jovem, segundo a advogada, foi inserido no grupo sem saber o que era falado.
Em uma das mensagens a que Cremasco teve acesso, após seu filho entrar para o grupo, um jovem fala sobre escravização da população do nordeste.
“A fundação dos Pro Reescravização (sic) do Nordeste”, diz a mensagem.
O filho de Cremasco pergunta em seguida: “Que grupo é este?”, e recebe como resposta: “neonazistas do Porto”, em alusão ao nome da escola.
Ver essa foto no Instagram
A escola, segundo a advogada informou, apenas suspendeu o aluno responsável pela mensagem racista contra seu filho.
Em nota à coluna, a Visconde de Porto Seguro disse que “repudia” os comentários racistas dos alunos, mas não respondeu se irá tomar alguma medida além da suspensão.
“O Colégio não admite nenhum tipo de hostilização, perseguição, preconceito e discriminação. Vale lembrar que em todos os campus (sic) do Colégio são realizadas palestras, orientações educacionais e projetos sobre a diversidade de opinião, de raça e gênero para alunos e comunidade escolar”, afirmou a nota.
(Atualização às 20h do dia 2 de novembro de 2022: A primeira versão desta reportagem informou que o caso teria ocorrido na unidade da Visconde de Porto Seguro do Morumbi. O crime, contudo, aconteceu na unidade de Valinhos.)