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Aliados do governo atacam indígenas em redes sociais

Assessor especial de Bolsonaro é um dos autores de discurso do ódio

atualizado

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1 de 1 indigena-trigo-vacina-covid-19 - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Aliados do governo Bolsonaro têm feito ataques de discurso de ódio contra indígenas em redes sociais desde que o STF iniciou a discussão sobre o marco temporal.

Um assessor especial do gabinete de Bolsonaro, a deputada extremista Carla Zambelli e uma prima da ministra Tereza Cristina foram alguns dos responsáveis pelas publicações.

O tenente Mosart Aragão, lotado no gabinete de Bolsonaro, usou um vídeo de uma manifestação ocorrida em frente à Câmara para falar que “índios são fabricados como massa de manobra”.


Zambelli também usou seu Twitter para atacar povos indígenas que manifestavam contra o Marco Temporal. “CUT, foice & martelo e muito iPhone marcaram os “protestos” em Brasília”, escreveu a deputada em tom de ironia.

 

A prima de Tereza Cristina, ministra da Agricultura, publicou um tuíte em defesa do marco temporal, chamou indígenas que estavam protestando de “turma nutella índio do asfalto” e também insinuou que indígenas não podem ter iPhones, sem explicar a razão que a levou a pensar assim.

A birra da prima de Tereza Cristina, Miriam Correa, com povos indígenas não se restringe a objetos de consumo. Correa faz parte de uma disputa histórica por terras no Mato Grosso do Sul.

Duas tribos índigenas do estado reivindicam terras que, segundo relatório da Funai, foram compradas de maneira irregular pela família Correa. A ministra hoje é uma das proprietárias da “Fazenda Esperança”, que é controlada pela família desde 1968 e supostamente ocupa territórios indígenas.

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