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Aliado de Fujimori entra na fila de Toffoli contra provas da Odebrecht

Ex-ministro de Fujimori e ex-chefe da campanha de Keiko Fujimori, Jaime Yoshiyama quer anulação de provas da Odebrecht

atualizado

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O ex-ministro do Peru Jaime Yoshiyama
1 de 1 O ex-ministro do Peru Jaime Yoshiyama - Foto: Divulgação

Mais um político estrangeiro acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) tentando se beneficiar das recentes decisões do ministro Dias Toffoli que invalidaram provas apresentadas pela Odebrecht em seu acordo de leniência.

O peruano Jaime Yoshiyama, ex-ministro em governos do ex-presidente do Peru Alberto Fujimori e ex-dirigente do partido fujimorista Força Popular, apresentou um pedido a Toffoli na sexta-feira (2/2) solicitando que a decisão seja estendida a ele.

Chefe da campanha de Keiko Fujimori, filha do ex-presidente, à presidência do país em 2011, Yoshiyama responde a uma ação penal no Peru acusado do crime de lavagem de dinheiro. O caso tramita no Cuarto Juzgado de Investigación Preparatoria Nacional Permanente Especializado en Crimen Organizado.

Ele é suspeito de ter intermediado o pagamento de US$ 1 milhão da Odebrecht à campanha de Keiko entre novembro de 2010 e junho de 2011, em duas parcelas de US$ 500 mil. O dinheiro teria sido enviado ao peruano por meio do “departamento de propinas” da empreiteira, setor na empresa responsável por pagamentos ilícitos a políticos e autoridades.

O processo contra Jaime Yoshiyama inclui provas apresentadas por delatores da Odebrecht a partir dos sistemas Drousys e MyWebDay B, usados para gerir o setor de propinas da empreiteira baiana.

Na petição a Toffoli, Yoshiyama pede a ele a extensão de uma decisão dele de agosto de 2023, que beneficiou o ex-presidente do Peru Ollanta Humala. Foi Humala quem venceu Keiko Fujimori na eleição presidencial de 2011.

Os advogados do ex-ministro peruano querem que o ministro do STF invalide as provas e comunique ao Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI) do Ministério da Justiça, ao qual caberia informar à Justiça peruana sobre a invalidação das provas. Deste modo, não seria possível produzir provas derivadas do material da Odebrecht, como a oitiva de testemunhas.

A Justiça do Peru marcou para julho o início da fase processual em que serão coletados depoimentos de testemunhas, incluindo delatores da empreiteira como Marcelo Odebrecht, Jorge Barata, Luiz Antonio Mameri, Fernando Migliaccio e Hilberto Mascarenhas.

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metropoles.comGuilherme Amado

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