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Aliado de Alckmin fica em encruzilhada diante de aproximação com Lula

Ex-prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa quer ser candidato a deputado federal, mas seu eleitorado tem tendências antipetistas

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Ricardo Saibun/Santos FC
Geraldo Alckmin, então governador de São Paulo, ao lado da então primeira-dama, Lu Alckmin, e do então deputado Paulo Alexandre Barbosa
1 de 1 Geraldo Alckmin, então governador de São Paulo, ao lado da então primeira-dama, Lu Alckmin, e do então deputado Paulo Alexandre Barbosa - Foto: Ricardo Saibun/Santos FC

Um dos principais aliados de Geraldo Alckmin caiu em uma encruzilhada desde que o ex-governador alimentou a perspectiva de se tornar vice de Lula na eleição de 2022. O ex-prefeito de Santos Paulo Alexandre Barbosa estava estruturando uma candidatura à Câmara dos Deputados, mas precisará decidir se seguirá Alckmin ou se trilhará outro caminho no pleito.

Antes da especulação envolvendo Lula, Alckmin negociava a ida para o PSD para concorrer ao governo de São Paulo, e Barbosa era tratado como um dos principais candidatos do partido à Câmara.

O acordo com o ex-ministro Gilberto Kassab, presidente do PSD, previa uma dobradinha entre Barbosa e o ex-vereador Andrea Matarazzo, que estuda concorrer à Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).

O planejamento do PSD acabou suspenso com a indefinição de Alckmin. O ex-governador ficou balançado com a proposta de Lula, mas só anunciará uma decisão em 2022. Se aceitar a vice do petista, Alckmin terá de se filar ao PSB ou ao Solidariedade, já que o PSD lançou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, na disputa presidencial.

Aliados de Alckmin dizem que Barbosa é muito leal a Alckmin, mas teria dificuldades em abraçar a candidatura de Lula por ser conhecido pelo eleitorado como um tucano tradicional, com histórico de oposição ao PT.

Nas duas vezes em que foi eleito prefeito de Santos no primeiro turno, em 2012 e 2016, Barbosa venceu adversários de esquerda com folga. Em 2020, ele fez seu sucessor, Rogério Santos (PSDB), ser eleito no primeiro turno também.

O vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, espera convencer Barbosa a desistir da desfiliação para concorrer à Câmara pelo PSDB. A permanência no partido teria de ser conversada não só com Alckmin, mas também com João Doria.

Em 2018, Barbosa disse que Doria era um “traidor” e declarou voto em Márcio França (PSB) no segundo turno da eleição ao governo de São Paulo. A afirmação fez com que ele fosse alvo de um pedido de expulsão por infidelidade partidária, mas o PSDB arquivou a ação em 2019.

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Lula e Alckmin disputaram o segundo turno das eleições presidenciais de 2006 em uma campanha marcada por ataques mútuos. Lula saiu vencedor com 48,61% dos votos
Após a derrota, Alckmin seguiu como oposição ferrenha a Lula
No entanto, mirando nas eleições de 2022, o ex-presidente mostrou interesse em ter Alckmin como vice
O ex-governador, inclusive, tem sinalizado favoravelmente ao petista
A aliança entre os políticos é estratégica. Ter Alckmin como vice pode atrair setores do mercado e do empresariado que resistem ao nome de Lula como candidato à Presidência da República
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Quinze anos depois de concorrerem como rivais nas eleições ao cargo de chefe do Executivo federal, o ex-presidente Lula (PT) e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) ensaiam formar aliança inusitada para 2022

Ana Nascimento/ Agência Brasil
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Lula e Alckmin disputaram o segundo turno das eleições presidenciais de 2006 em uma campanha marcada por ataques mútuos. Lula saiu vencedor com 48,61% dos votos

Band/Reprodução
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Após a derrota, Alckmin seguiu como oposição ferrenha a Lula

Filipe Cardoso/ Metrópoles
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No entanto, mirando nas eleições de 2022, o ex-presidente mostrou interesse em ter Alckmin como vice

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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O ex-governador, inclusive, tem sinalizado favoravelmente ao petista

Michael Melo/Metrópoles
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A aliança entre os políticos é estratégica. Ter Alckmin como vice pode atrair setores do mercado e do empresariado que resistem ao nome de Lula como candidato à Presidência da República

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O tucano pode, também, agregar mais votos de São Paulo, o maior colégio eleitoral do país

Igo Estrela/Metrópoles
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De acordo com pesquisa realizada em setembro de 2021 pelo Datafolha, Alckmin estava na liderança para o governo paulista

Igo Estrela/Metrópoles
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A aliança entre os políticos foi oficializada em abril de 2022. A "demora" envolveu, além das questões legais da política eleitoral, acordo sobre a qual partido o ex-governador se filiaria

Ana Nascimento/ Agência Brasil
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Ao ser vice de Lula, Alckmin almeja ganhar ainda mais projeção política, o que o beneficiará durante possível corrida presidencial em 2026

Rafaela Felicciano/Metrópoles

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