metropoles.com

Alckmin segue atacado por correntes do PT: “Golpista”

“Saiu do PSDB por razões de disputa de espaço, mas o PSDB não saiu dele”, diz corrente do PT sobre Geraldo Alckmin como vice de Lula

atualizado

Compartilhar notícia

Daniel Teixeira/agência estado
GERALDO ALCKMIN PRESIDENCIA PSDB
1 de 1 GERALDO ALCKMIN PRESIDENCIA PSDB - Foto: Daniel Teixeira/agência estado

A presença de Geraldo Alckmin na chapa de Lula está encaminhada, mas segue sendo atacada por correntes do PT. Na última quinta-feira (24/3), um dia depois de Alckmin se filiar ao PSB e exaltar Lula em público, tendências minoritárias do PT criticaram a possível candidatura do ex-tucano como vice ao Planalto, em documentos enviados ao diretório nacional da sigla. No fim, prevaleceu a decisão pragmática de endossar os que querem derrotar Jair Bolsonaro, para além da esquerda.

Disse a corrente Articulação de Esquerda sobre Alckmin, num texto enviado à cúpula petista: “Saiu do PSDB por razões de disputa de espaço, mas o PSDB não saiu dele. Entrou num partido ‘socialista’, mas continua neoliberal e golpista”.

No começo do mês, esse grupo havia declarado que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) era “imperialista” e deveria recuar na guerra da Ucrânia.

A tendência Militância Socialista concorda com os petardos contra o ex-governador paulista. “Sinaliza muito mal para a sociedade que nós já tenhamos definido um vice de centro-direita, golpista, que defendeu, praticou, promoveu e aprofundou a agenda neoliberal no principal estado do país, que defendeu a prisão de Lula e que transformou o antipetismo no principal elemento da sua última campanha presidencial.”

Para a tendência Democracia Socialista, o PT comete um grande erro ao buscar governabilidade com conservadores no Congresso. “A hipótese de chegar a uma governabilidade através de composição com forças conservadoras no Congresso Nacional, ainda mais com um vice neoliberal, claramente evoca erros e grandes derrotas.”

Uma aliança mais ampla buscada por Lula, que inclui negociações nos estados em busca de palanques, tampouco foi poupada por essas correntes petistas. “O que vimos foi, à revelia da participação do diretório nacional do PT, construções dirigidas a forçar o PT a apoiar nos estados candidaturas que estiveram ao lado do golpe contra a presidenta Dilma”, opinou a Avante PT.

Já a tendência Esquerda Popular Socialista defendeu um perfil distante de Alckmin para se candidatar como vice de Lula: alguém que expresse as “demandas das negritudes e das etnias indígenas, das mulheres oprimidas, das juventudes, das populações LGBTQIA+”.

12 imagens
Lula e Alckmin disputaram o segundo turno das eleições presidenciais de 2006 em uma campanha marcada por ataques mútuos. Lula saiu vencedor com 48,61% dos votos
Após a derrota, Alckmin seguiu como oposição ferrenha a Lula
No entanto, mirando nas eleições de 2022, o ex-presidente mostrou interesse em ter Alckmin como vice
O ex-governador, inclusive, tem sinalizado favoravelmente ao petista
A aliança entre os políticos é estratégica. Ter Alckmin como vice pode atrair setores do mercado e do empresariado que resistem ao nome de Lula como candidato à Presidência da República
1 de 12

Quinze anos depois de concorrerem como rivais nas eleições ao cargo de chefe do Executivo federal, o ex-presidente Lula (PT) e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) ensaiam formar aliança inusitada para 2022

Ana Nascimento/ Agência Brasil
2 de 12

Lula e Alckmin disputaram o segundo turno das eleições presidenciais de 2006 em uma campanha marcada por ataques mútuos. Lula saiu vencedor com 48,61% dos votos

Band/Reprodução
3 de 12

Após a derrota, Alckmin seguiu como oposição ferrenha a Lula

Filipe Cardoso/ Metrópoles
4 de 12

No entanto, mirando nas eleições de 2022, o ex-presidente mostrou interesse em ter Alckmin como vice

Rafaela Felicciano/Metrópoles
5 de 12

O ex-governador, inclusive, tem sinalizado favoravelmente ao petista

Michael Melo/Metrópoles
6 de 12

A aliança entre os políticos é estratégica. Ter Alckmin como vice pode atrair setores do mercado e do empresariado que resistem ao nome de Lula como candidato à Presidência da República

Michael Melo/Metrópoles
7 de 12

O tucano pode, também, agregar mais votos de São Paulo, o maior colégio eleitoral do país

Igo Estrela/Metrópoles
8 de 12

De acordo com pesquisa realizada em setembro de 2021 pelo Datafolha, Alckmin estava na liderança para o governo paulista

Igo Estrela/Metrópoles
9 de 12

A aliança entre os políticos foi oficializada em abril de 2022. A "demora" envolveu, além das questões legais da política eleitoral, acordo sobre a qual partido o ex-governador se filiaria

Ana Nascimento/ Agência Brasil
10 de 12

Ao ser vice de Lula, Alckmin almeja ganhar ainda mais projeção política, o que o beneficiará durante possível corrida presidencial em 2026

Rafaela Felicciano/Metrópoles
11 de 12

Pouco antes do Natal, Lula e Alckmin tiveram o primeiro encontro

12 de 12

Em 18 de março de 2022, Alckmin anunciou a filiação ao PSB, depois de 33 anos no PSDB

Divulgação/ Ricardo Stuckert

Já leu todas as notas e reportagens da coluna hoje? Clique aqui.

Siga a coluna no Twitter e no Instagram para não perder nada.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comGuilherme Amado

Você quer ficar por dentro da coluna Guilherme Amado e receber notificações em tempo real?