Alckmin e a frase de Lula sobre Gaza e o Holocausto
Geraldo Alckmin saiu em defesa de Lula na segunda-feira, mas interlocutores dele com o ex-presidente afirmam que o vice não aprovou a fala
atualizado
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Além de Rodrigo Pacheco, Jaques Wagner e outros aliados que expressaram publicamente não terem gostado da comparação feita por Lula entre o massacre de Israel contra Gaza e o Holocausto, Geraldo Alckmin também não teria concordado com a frase.
Ao contrário dos outros, porém, ainda de acordo com a mesma fonte, o descontentamento não virá a público. Alckmim segue 100% fiel a sua decisão de não contrariar Lula publicamente. Na segunda-feira (19/2), Alckmin foi um dos primeiros a falar em defesa de Lula, conforme sublinhou sua assessoria de imprensa à coluna.
Disse o vice sobre o episódio:
“O presidente Lula deixou claro duas coisas: a primeira que o ato do Hamas foi um ato terrorista, o primeiro item, e o segundo: que ele defende a paz, o que quer é a paz, que haja aí um cessar-fogo no sentido da busca pela paz, esse é o seu entendimento”.
A propósito, mesmo em privado, Alckmin só palpita quando é consultado — o que Lula não costuma fazer com frequência.
(Atualização, às 19h22 de 22 de fevereiro de 2024. A assessoria de Alckmin entrou em contato com a coluna para negar que Alckmin tenha discordado de Lula. O texto foi reescrito para incluir as aspas da assessoria do vice-presidente. Disse a assessoria de Alckmin: “O vice-presidente da República não silenciou a respeito da declaração do presidente Lula sobre o conflito israelo-palestino. Nesta oportunidade, o vice-presidente reitera sua opinião de que o presidente da República tem o propósito de promover a paz, porque essa é a vocação do Brasil”.)