AGU recorre contra fim de campo “sexo” na carteira de identidade
Justiça Federal determinou que governo federal retirasse campo “sexo” da carteira de identidade, para assegurar direitos de pessoas rtans
atualizado
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A Advocacia-Geral da União (AGU) recorreu nesta quinta-feira (4/7) contra uma decisão da Justiça Federal que obrigou o governo federal a retirar o campo “sexo” da carteira de identidade. A decisão, de maio, apontou que a mudança é necessária para assegurar direitos de pessoas trans.
Segundo a AGU, a decisão traz riscos de “grave lesão” à economia federal, além de invadir competência do Poder Executivo e do Poder Legislativo. “A questão trazida a julgamento não pode ser solucionada em outra arena que não a do Poder Executivo e Legislativo”, afirmou a AGU, acrescentando que a decisão do juiz Mateus Pontaltia, da 13ª Vara Cível de Brasília ignorou a “complexidade” na formação de políticas públicas.
Na decisão, o magistrado havia ordenado que a carteira de identidade não tivesse mais o campo “sexo”, além de trazer apenas o campo “nome”, sem distinção entre “nome social” e “nome civil”. “Esse reconhecimento nominal é essencial para sua dignidade e para o exercício pleno da cidadania. É um requisito fundamental para assegurar sua posição e respeito na sociedade”, escreveu o juiz federal.