Um dos advogados mais ligados ao Partido dos Trabalhadores, o constitucionalista Pedro Serrano decidiu deixar o escritório de Walfrido Warde, de quem é sócio. Serrano deve voltar a ter uma banca própria, como tinha no passado, e que levou para a Warde Advogados há alguns anos.

Após a publicação desta reportagem, Serrano enviou uma nota à coluna negando que sairá do escritório, o contrário do que, nos últimos dias, ele disse a advogados e amigos próximos.

Discreto, o advogado não dirá publicamente a razão do fim da sociedade, mas amigos avaliam que houve uma fadiga com o método agressivo de advocacia de Warde, numa cartilha com que Serrano não compactuava.

Conforme mostrou a repórter Ana Clara Costa recentemente, um dos métodos de Warde criticado an advocacia é notificar criminalmente adversários em disputas cíveis e empresariais, como forma de fazer pressão. A prática é considerada um golpe abaixo da cintura.

Nesta semana, seis escritórios de renome anunciaram a saída de uma causa no STF ligada à mineração após a entrada de Warde no processo.

(Atualização às 9h40 do dia 28 de setembro de 2024: Pedro Serrano enviou nota à coluna negando que esteja saindo do escritório e que tenha qualquer divergência com Warde. “Nunca vi no escritório nenhum excesso de agressividade nem qualquer comportamento inadequado, seja do ponto de vista técnico-jurídico ou do ponto de vista ético”, afirmou. A coluna mantém as informações publicadas. Serrano comunicou a saída nos últimos dias a diversos advogados e amigos.)

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