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Advogado deixou caso Dom e Bruno a pedido da família de suspeito

O procurador-geral do município de Atalaia do Norte, que foi advogado de “Pelado”, disse que queria continuar defendendo o suspeito

atualizado

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Procurador Atalaia do Norte
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O procurador-geral do município de Atalaia do Norte, Ronaldo Caldas, que assumiu a defesa de Amarildo da Costa de Oliveira, o Pelado, suspeito de envolvimento no desaparecimento do jornalista Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira, disse à coluna que gostaria de continuar atuando no caso, mas que a família de Pelado contratou outro advogado.

Caldas disse que não recebeu ordens da Prefeitura de Atalaia do Norte e nem da Procuradoria-Geral do município para deixar a defesa de Pelado. Alegou também que conheceu o pescador na delegacia, após ser chamado pela família, mas reconhecia, previamente sua “importância”.

“O Amarildo é um pescador ribeirinho importante e muito conhecido na região, mas eu não tinha nenhuma relação com ele. A família dele me conhece e me chamou para defendê-lo. Se eles não tivessem contratado outro advogado, eu continuaria defendendo, sim, por que não? Ele não é acusado de nada, é apenas um suspeito”, disse o procurador sobre Amarildo, que foi visto por testemunhas perseguindo o jornalista e o indigenista com um espingarda.

Caldas contou que não se sentiu pressionado pela opinião pública a deixar o cargo e que “faz parte de seu trabalho”. Disse também que existem poucos advogados na cidade e que ele é um dos mais conhecidos pelo seu posto na Procuradoria-Geral do Município.

A Prefeitura de Atalaia do Norte alega que não há qualquer regra que impeça o procurador de exercer suas funções particulares, mesmo sendo procurador-geral do Município.

Amarildo foi preso com drogas e munição permitida na última terça-feira (7/6). O pescador foi encontrado em uma vila a poucos quilômetros da onde Bruno e Dom foram vistos pela última vez, no domingo (5/6).

Uma das testemunhas ouvidas pela Polícia Civil do Amazonas disse que Pelado perseguiu a lancha em que o jornalista e o indigenista estavam. A Polícia Civil e a Polícia Federal fizeram uma perícia no barco do pescador e encontrou rastros de sangue na embarcação.

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