A advogada Juliana Bierrenbach, uma das participantes da reunião que Alexandre Ramagem gravou escondido, em agosto de 2020, disse à coluna que não sabia que estava sendo gravada pelo ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Juliana contou ainda, que antes do encontro começar, foi pedido que deixassem os seus telefones celulares em um determinado local. A reunião aconteceu no Palácio do Planalto, e contou com a presença do então presidente Jair Bolsonaro e de Augusto Heleno, que era ministro do GSI.

“Eu não tinha a mais remota ideia disso [de que estava sendo gravada]. Até porque, no início da reunião, foi pedido que nós deixássemos nossos celulares em algum lugar, não lembro exatamente onde foi, que nós deixássemos na entrada. Eu imaginei que a reunião não estivesse sendo gravada. Não tinha a menor ideia”, contou em entrevista à coluna.

A advogada disse não lembrar de quem partiu a orientação para que os celulares fossem guardados.

“Eu imagino que, se há algum tipo de escuta no gabinete presidencial, a escuta é ambiental. Eu não podia imaginar, jamais imaginei que ele estivesse gravando”, concluiu.

Veja abaixo o trecho da entrevista em que Juliana Bierrenbach afirma que não sabia que estava sendo gravada:

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