Advogada de Flávio nega ter pedido a Ramagem devassa em auditores
Juliana Bierrenbach disse que sequer saberia como fazer o pedido para beneficiar Flávio
atualizado
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A advogada Juliana Bierrenbach, que defendeu Flávio Bolsonaro na investigação das rachadinhas, negou nesta terça-feira (16/7) que tenha pedido uma devassa da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) contra os auditores da Receita Federal que supostamente acessaram dados do senador. A investigação da PF apontou que a “Abin paralela” monitorou auditores fiscais e atuou para descobrir “podres e relações políticas” desses servidores.
Em entrevista à coluna na manhã desta terça-feira (16/7), a advogada afirmou que sequer saberia como fazer o pedido: “Nem caberia a mim pedir, jamais pedi. Não sei nem como faria esse pedido”.
Bierrenbach e a ex-sócia Luciana Pires foram gravadas por Alexandre Ramagem em uma reunião no Planalto em agosto de 2020, quando Ramagem chefiava a Abin. A reunião também contou com a presença de Jair Bolsonaro e Augusto Heleno e buscou estratégias para tentar anular a investigação das rachadinhas, conforme o áudio do encontro apreendido pela PF em um aparelho de Ramagem. Após a reunião, a Abin produziu relatórios com vistas a auxiliar a defesa de Flávio Bolsonaro.
Conforme havia revelado a coluna em outubro de 2020, foi debatida na ocasião uma suposta devassa ilegal da Receita contra Flávio Bolsonaro que, se comprovada, poderia levar à anulação do caso da rachadinha. Isso porque o Relatório de Inteligência Financeira que mostrou transações atípicas e suspeitas de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio apontado como operador do esquema, teria sido produto da atuação de uma organização criminosa que atuava dentro do fisco.
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