Advogada de Flávio Bolsonaro sofre ataques por defender Adriana Belém
OAB do Rio de Janeiro emitiu nota em defesa de Luciana Pires, que representa Flávio Bolsonaro e a delegada Adriana Belém na Justiça
atualizado
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A advogada Luciana Pires, que representa o senador Flávio Bolsonaro, o governador Cláudio Castro e o deputado petista André Ceciliano, tornou-se alvo de ataques desde que assumiu a defesa da delegada Adriana Belém, presa com R$ 1,8 milhão em espécie no Rio de Janeiro.
A seccional fluminense da OAB emitiu, nesta quinta-feira (12/5), nota em defesa do trabalho de Luciana. “Condutas persecutórias com o intuito de confundir advogados e seus clientes ferem a dignidade da advocacia e atrapalham a compreensão da sociedade, dando a entender que são os profissionais os responsáveis pelo avanço da criminalidade”, disse o comunicado.
“É grave qualquer tentativa de buscar penalizar o advogado pelo mero exercício profissional. A OABRJ reafirma que violações de garantias não podem mais ser toleradas na democracia brasileira e que todas as medidas serão adotadas para a proteção das prerrogativas da advocacia e dos cidadãos”, declarou a OAB.
O MPRJ suspeita que Belém tenha favorecido o bicheiro Rogério de Andrade, um dos principais do Rio de Janeiro.
Investigações do MPRJ mostram que, por intermédio do delegado Marcos Cipriano, preso também na terça-feira (10/5), Belém mantinha contato com Ronie Lessa, segurança de Andrade, e chegou a ajudá-lo na liberação de máquinas de caça-níquel em 2018.
Dentro do apartamento de luxo de Belém, na Barra da Tijuca, foi encontrado R$ 1,8 milhão em espécie. A delegada alegou que eram economias e dinheiro obtido com parcerias no Instagram. Belém teve sua prisão mantida e foi encaminhada para o presídio de Benfica nessa quarta-feira (11/5).