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Advogada de Flávio Bolsonaro na rachadinha volta a citar Ramagem

“Quem deve explicar essa história é ela [Luciana Pires]”, disse a advogada Juliana Bierrenbach

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Juliana Bierrenbach
1 de 1 Juliana Bierrenbach - Foto: Divulgação

A advogada Juliana Bierrenbach, que defendia o senador Flávio Bolsonaro no caso das rachadinhas, reafirmou na sexta-feira (26/7), em postagens nas redes sociais, que sua então sócia, a advogada Luciana Pires, afirmava, em 2020, que recebia de Flávio, e este de Alexandre Ramagem, orientações de como obter provas para anular a investigação. Pires havia dito à coluna que recebeu três relatórios de Ramagem, então diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no governo Bolsonaro.

“O fato é que a outra advogada [Luciana Pires], que atuava no caso e que conduzia o caso, na época me enviou as mensagens. Foi ela quem disse que havia recebido as mensagens do cliente [Flávio Bolsonaro]. E que o cliente teria as recebido do Ramagem”, afirmou Bierrenbach no Instagram, acrescentando: “Quem deve explicar essa história é ela [Pires]. O que eu posso garantir é que eu recebi as mensagens diretamente dela”.

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Juliana, Luciana, Bolsonaro, Ramagem e o ex-ministro do GSI Augusto Heleno participaram de uma reunião no Palácio do Planalto em agosto de 2020. No encontro, gravado escondido por Ramagem, foram discutidos meios para provar uma suposta atuação ilegal da Receita Federal contra Flávio Bolsonaro. A reunião foi revelada pela coluna em outubro de 2020. Na época, Pires confirmoi à coluna que recebera ao menos dois relatórios de Ramagem.

Nos dois relatórios, cuja autenticidade e procedência foram confirmadas na época pela defesa do senador, é detalhado o funcionamento da suposta organização criminosa em atuação na Receita Federal, que, segundo suspeita dos advogados de Flávio, teria feito um escrutínio ilegal em seus dados fiscais para fornecer o relatório que gerou o inquérito das rachadinhas.

Em um campo intitulado “Finalidade”, um dos documentos da Abin revelados pela coluna citou: “Defender FB no caso Alerj demonstrando a nulidade processual resultante de acessos imotivados aos dados fiscais de FB”. Os dois documentos foram enviados por WhatsApp para Flávio e por ele repassados para sua advogada Luciana Pires.

Ramagem sempre negou relação com os relatórios.

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