Abin alertou para uso de laranjas no fretamento de ônibus no 8/1
Agência Brasileira de Inteligência (Abin) enviou documento à CPMI do 8 de Janeiro; Abin mapeou 103 ônibus fretados para atos golpistas
atualizado
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A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) alertou ser provável o uso de laranjas no financiamento dos atos golpistas do 8 de Janeiro. O relatório, enviado à CPMI do 8 de Janeiro, detalhou o fretamento em massa de ônibus para Brasília nos primeiros dias do ano.
“É provável que diversos contratantes tenham sido usados como laranjas, com objetivo de ocultar os verdadeiros financiadores das caravanas e dos manifestantes”, afirmou a Abin. A agência apontou que o objetivo da ação era invadir o Congresso para contestar o resultado da eleição presidencial, na qual Jair Bolsonaro perdeu para Lula.
A Abin identificou que 83 pessoas e 13 entidades fretaram ônibus, um quadro fragmentado que aponta para o uso de nomes de fachada, segundo a agência. O relatório detectou 103 ônibus fretados, que conduziram 3.875 pessoas até a capital. A lotação média foi de 38 pessoas, com veículos quase cheios.
Em outro documento encaminhado à CPI, a Polícia Civil do Distrito Federal trouxe um número atualizado da movimentação de ônibus para os atos terroristas: 119 ônibus, que transportaram 4,6 mil pessoas a Brasília. A polícia estimou uma despesa total de R$ 600 mil, ou R$ 130 por passageiro, em média.
Nesta terça-feira (11/7), a CPMI do 8 de Janeiro receberá o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro que segue preso por fraudar cartões de vacinas. Com vistas a evitar que Cid use seu direito obtido no STF de não responder a perguntas que o incriminem, governistas ameaçarão convocar a esposa do militar caso ele não se explique aos parlamentares.