A um mês do 7 de Setembro, militares e STF acertam ponteiros
Presidente do STF, Luiz Fux tem ouvido em conversas privadas que os militares querem que o Bicentenário da Independência seja de celebração
atualizado
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A menos de um mês do 7 de Setembro, vai bem, obrigado, a relação entre militares e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Ao contrário de Jair Bolsonaro, que segue tentando pôr o tribunal como seu antagonista, os canais de diálogo entre fardados e togados têm fluído.
O presidente do STF, ministro Luiz Fux, tem ouvido em conversas privadas que os militares querem que o Bicentenário da Independência seja de celebração, e não de violência.
Fux, entretanto, não irá ao desfile militar, o primeiro após dois anos de pandemia, por entender que precisará coordenar a segurança do tribunal, tal qual fez em 2021.
Sobre as eleições de outubro, os militares têm dito a outros ministros que respeitarão os resultados que vierem das urnas, e que estão com boas expectativas para o fim do mandato de Edson Fachin como presidente e o começo do período de Alexandre de Moraes à frente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Foi com Fachin e as tentativas do ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, de atacar as urnas e cumprir as ordens de Bolsonaro, que a relação entre TSE e parte dos generais chegou ao pior nível.
Em que pesem os ataques de Bolsonaro ao ministro, Alexandre é visto como um “homem cordial e do diálogo”, nas palavras de um general quatro estrelas da ativa.
Com Rosa Weber, que assume o STF logo após o feriado da Independência, a expectativa da maior parte do generalato também é boa. Segundo este mesmo general, a ministra é “equilibrada”.
Já Weber segue fiel ao seu estilo reservado e não tem revelado suas opiniões sobre a perene crise institucional fomentada por Bolsonaro — postura que também agrada os milicos.