A última cartada do Senado para a crise das Medidas Provisórias
Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, pode determinar a instalação a pedido do líder do governo, Randolfe Rodrigues
atualizado
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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, já planejou qual será a última cartada para instalar as comissões de análise de Medidas Provisórias se for impossível chegar a um acordo com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira.
O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues, da Rede do Amapá, tem a prerrogativa, pelo seu cargo, de pedir a instalação das comissões. Pacheco pode acatar o pedido e determinar que as comissões voltem a funcionar.
Se não houver acordo até a próxima semana, Randolfe deve fazer uma questão de ordem em uma sessão do Senado, que seria acatada por Pacheco.
Mesmo se os líderes da Câmara se recusarem a indicar integrantes para as comissões, a resolução do Congresso prevê que, nesse caso, os próprios líderes se tornam parte das comissões.
Nessa alternativa estudada por Pacheco, não haveria opção a não ser cumprir o rito previsto na Constituição para as Medidas Provisórias: análise em comissão mista de senadores e deputados, sem passar primeiro pela Câmara, como quer Lira.
Procurado, Randolfe disse que essa é a última opção na mesa e que a perspectiva é de chegar a um acordo para que isso não seja necessário.
“Esse não é nem o plano D, é o plano X, Y, Z. Nós buscamos um entendimento”, disse à coluna.